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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Mais uma vez presente na Série B de SC, Desprovidos vê embate entre os últimos colocados

Opa.

Mesmo doente, neste domingo (21) eu havia um compromisso supimpa pela competição MAIS QUERIDA do profissional, o Campeonato Catarinense Série B, e não poderia perder de forma alguma. Em campo, os dois últimos colocados da competição, Hercílio Luz e Caçadorense, travariam a batalha em Tubarão, mais precisamente no Estádio Aníbal Costa. Após uma bela caminhada pelo centro da cidade até chegar no local da peleja, comprei o ingresso, que custava apenas 10 mangos, visitei a lojinha do Hercílio e fui me acomodar no local.

Jogadores de Hercílio Luz e Caçadorense aquecendo... (Foto: Matheus Pereira)
...para um Aníbal Costa ainda às moscas (Foto: Matheus Pereira)
Campeão catarinense no biênio 1957/58 e clube mais antigo ainda em atividade no estado, o Hercílio Luz hoje em dia já é um cidadão pertencente à B estadual. Por lá há longos anos, ultimamente vem lutado contra o rebaixamento à C, e com o centenário cada vez mais próximo, as coisas terão de mudar rapidamente para o clube obter sucesso em seu ano fulcral. Já a Caçadorense, por sua vez, resistiu bem na B após conquistar o título da Terceirona em 2012; mas, em 2014, a história é outra e o clube já antes mesmo dessa rodada precisava de um milagre para evitar o descenso.

As duas equipes sofreram bastante pela debandada de jogadores durante a competição, além de muita gente chegando. Mesmo sendo terceira rodada do segundo turno, ainda haviam atletas fazendo sua estreia nesse confronto, como é o caso do zagueiro Wesley pelo escrete hercilista e do meia Dieguinho a favor da equipe do meio-oeste do estado. Até os próprios torcedores do clube de Tubarão já haviam jogado a toalha em 2014; pouco menos de 100 pessoas estiveram presentes nesta tarde para presenciar a peleja.

Jogadores se cumprimentam antes do início da partida (Foto: Matheus Pereira)
Tudo pronto para o pontapé inicial (Foto: Matheus Pereira)
Bom, e após o apito inicial dado por Ramon Abatti Abel, o que se viu foi um jogo de nível técnico questionável. As duas equipes precisavam da vitória, e por jogar em casa foi o Hercílio Luz que partiu para cima buscando o gol logo de cara. Lutando contra o vento, que era extremamente surreal no sul do estado neste domingo, do nível de mudar a trajetória da bola em todo lançamento longo, a Caçadorense se resguardava e buscava sair nos poucos contra-ataques que encaixava.

Mesmo assim, lá na frente o padrão de jogo do time da casa era ESTRANHO. Com um atacante jogando em cada lado, mesmo que nenhum dos dois fosse de velocidade, e o garoto Matheus - esse sim, rápido - jogando centralizado, muitas vezes faltava uma referência lá na frente para conclusão. O único lance digno de nota dos primeiros minutos de partida foi uma dividida forte que acarretou na lesão de Renan Meduna, da Caçadorense.

Saldo do encontro entre João Rodrigo e Meduna que resultou na lesão do segundo (Foto: Matheus Pereira)
No meio do campo, árbitro marca nova falta (Foto: Matheus Pereira)
Depois, o jogo seguiu na mesma. A Caçadorense, quando saía para o ataque, conseguia levar perigo, impulsionado principalmente pelos pés do talentoso camisa 10 Dieguinho, ex-Chapecoense. O Hercílio, dono da maior parte da posse de bola, conseguia pressionar a equipe visitante, principalmente com escanteios e algumas jogadas criadas pelo também camisa dez Cristiano. Na volância, Anderson Pedra acabou se destacando a favor da equipe.

Porém, está comprovado que este que vos relata tem uma zica com ambulâncias. Na altura dos 25 minutos, o lesionado Meduna teve de ser levado ao hospital e o carro médico deixou as dependências do Aníbal Costa, voltando apenas novos 25 minutos mais tarde, deixando o primeiro tempo parado por um bom tempo. Vale lembrar que na partida entre Inter de Lages e Canoinhas, que também me fiz presente, a ambulância sumiu no intervalo e demorou a retornar, ocasionando minha saída breve da peleja.

Iury Fenker puxando jogada ofensiva da equipe visitante (Foto: Matheus Pereira)
Goleiro Robson VOA - literalmente - para fazer o corte em escanteio (Foto: Matheus Pereira)
Retornada a madame, o jogo permaneceu na mesma premissa, e agora com ainda mais vento. Certa feita, o goleiro Robson foi cobrar falta em sua área e lutou até conseguir deixar a bola parada; o vendaval fazia com que ela andasse toda vez que ele ajeitava. Foi aí que a Caçadorense teve sua melhor chance na partida, uma bela jogada articulada que terminou com uma defesa sensacional do arqueiro hercilista André, um dos respiros de talento nesse elenco.

O primeiro tempo acabou se encerrando mesmo no 0 a 0, para as vaias dos poucos presentes na partida. As duas equipes, precisando vencer, acabaram não conseguindo balançar as redes e seguiam abraçadas lutando contra o calvário da C estadual. Mas, o segundo tempo viria pela frente, e tudo poderia mudar, CLICHÊ à parte. 

Robson, dessa vez sem o vento, cobrando tiro de meta (Foto: Matheus Pereira)
Jogada no meio do campo (Foto: Matheus Pereira)
A segunda etapa, por sua vez, começou a todo vapor. Com alguns segundos de partida, o Hercílio teve uma falta lateral a seu favor. Cristiano jogou na área, e depois de um BAFAFÁ, a pelota sobrou limpinha para o zagueiro estreante Wesley, que encheu o pé e estufou as redes, abrindo o placar para o clube local. Porém, depois do gol a equipe local acabou relaxando e recuou em campo, deixando espaços para a Caçadorense crescer, liderados mais uma vez pelo camisa dez Dieguinho.

Entretanto, tirando alguns lances esparsos do meia, a criatividade por parte da equipe do meio-oeste não era muito grande. Então, os treinadores começaram com suas substituições contestáveis: Júlio Batisti tirou o já supracitado maestro da equipe de Caçador, um dos únicos que se destacava pela equipe na partida, na altura dos 20 minutos da etapa final. Já Pedro Caçapa recuou de vez o Hercílio Luz, tirando o atacante Rodrigão e pondo o volante Rômullo.

Atleta da Caçadorense, ao contrário do que parece, não está correndo sobre o alambrado (Foto: Matheus Pereira)
Sozinho, jogador tenta armar jogada pela direita em favor dos visitantes (Foto: Matheus Pereira)
O sol sumiu, e o futebol foi ficando cada vez mais fraco. O jogo não ficou ruim, pois parto do pensamento de que ruim é não ter jogo. Quando o sono começava a bater, Cristiano, do Hercílio Luz, e Alexandre, da Caçadorense, trocaram pontapés e foram corretamente expulsos pelo árbitro, não sem antes uma confusão ter começado a se instaurar, separada pela já famosa turma do deixa disso. Pouco mais tarde, o treinador do time da casa colocou o garoto André Avelino em campo, para repor o vácuo deixado pela expulsão.

Poucos minutos mais tarde, quando o cronômetro já estava na casa dos 47, Avelino recebe pela esquerda, faz bonita jogada individual e dá um leve toque na saída de Robson, marcando um belo gol e proporcionando uma festa massiva de jogadores e comissão técnica do Hercílio Luz, além dos torcedores, que estavam presenciando a primeira vitória do clube em casa nessa Série B de 2014.

Cristiano e Alexandre dividem pelo alto no lance que precederia as expulsões (Foto: Matheus Pereira)
Na saída de bola, porém, após chutão para a área de ataque, a Caçadorense teve um pênalti marcado a seu favor, em dividida pelo alto. Apesar de duvidoso, quem não teve nada a ver com isso foi o atacante Alex Pires, que converteu a penalidade a favor da equipe visitante. Mas realmente não havia tempo para mais nada; no primeiro toque na bola pós-gol, ainda no setor circular do meio-campo, o sr. Ramon Abatti Abel deu como finalizada a peleja: Hercílio Luz 2x1 Caçadorense.

O Hercílio agora pode respirar mais aliviado, tendo conseguido subir - ainda que pouco - na tabela de classificação. À Caçadorense, resta buscar 4 vitórias nas 6 partidas que ainda restam (vale lembrar que a equipe conseguiu apenas uma na competição, que ainda lhe foi tirada por escalação irregular de um atleta) para tentar se salvar do descenso à Série C. É amigos, a situação pelos lados de Caçador não anda muito fácil.

Taça de Campeão Catarinense de 1958 (Foto: Matheus Pereira)
Dado o fim de jogo, dei uma acelerada no passo até a rodoviária, para que aquela paralisação ainda na etapa inicial não me atrasasse. Ledo engano, pois tive de esperar ainda 50 minutos para o ônibus, visto que ele chegou em Tubarão bem atrasado. Mas, sem problemas, a peleja assistida já valia a pena. O Desprovidos tentará voltar a estar presente pela Segundona na cidade, dessa vez em uma partida do Atlético, rival do Colorado.

Enquanto a data de tal partida não chega, continuamos com os jogos não-profissionais, essa semana interrompidos devido ao meu estado de saúde e também porque a Carbonífera Criciúma transferiu seu confronto, que estava planejada minha presença, para longe de tudo. Mas enfim. Nos veremos em breve.

Abraços.

domingo, 14 de setembro de 2014

Novo jogo em Forquilhinha e novo zero a zero registrado

Buenas.

Neste sábado (13), tive mais um compromisso pelo Campeonato Regional da LARM. E eu voltaria à cidade de Forquilhinha, onde o time local e homônimo estaria presente pela terceira vez aqui no blog, desta vez recebendo o Caravaggio, de Nova Veneza. Me encaminhei então para o Estádio Pinheirão, e após muitos minutos de sacolejo no ônibus cheguei à tempo de prestigiar a peleja do então líder - o time da casa - contra uma das equipes mais tradicionais do certame.

Forquilhinha FC, com todos postados na foto, foi a campo com: Fera; Zeca, Juliano, Fabrício e Paraíba; Dinho, Renato, Ewerton, Isaac e Dudu; De Brida. (Foto: Matheus Pereira)
Caravaggio FC, que foi a campo com: Rudinei, Tijolo, Pedro Paulo, Marcinho, Max e Maicon (em pé); Fusca, Gelinho, Muca, Robinho e Tiago Renz (agachados). (Foto: Matheus Pereira)
O Carava, que pertence à região homônima, é o atual campeão catarinense de futebol amador e este ano irá disputar o Campeonato Sul-Brasileiro, que reúne os campeões estaduais de SP, PR e RS. Em 2014, a equipe ocupava a parte de cima da tabela, e se o campeonato acabasse hoje se classificaria com tranquilidade às quartas-de-final. Inclusive, por lá joga, no aspirante, o Andrey, amigo de outros carnavais e que passa a ser mais um companheiro deste blog.

Enfim, feitas as fotos oficiais, fui me preparar para o apito inicial da partida, desferido logo em sequência por João Jorge de Melo em mais uma quente tarde de inverno, típica do sul catarinense, embora o clima estivesse aquele nublado fofo.

Tiago Renz preparado para cobrar falta a favor do Caravaggio (Foto: Matheus Pereira)
A marcação de Marcinho sobre Ewerton era um tanto INVOCADA (Foto: Matheus Pereira)
Dentro das quatro linhas, tudo esteve bem equilibrado no início. Jogando em casa e puxado pelos gritos da sua torcida, que estava COLADA na grade, o Forquilhinha tentou tomar as ações da partida, mas o Caravaggio conseguia se manter estável na defesa e estar com um meio campo sempre atuante, principalmente com o meia gaúcho Tiago Renz, de 25 anos. TODAS as jogadas de ataque passavam pelos pés do camisa 8, que estava no futebol profissional do seu estado natal até acertar com o Carava. Também já vestiu a camisa do Juventus, de São Paulo.

Ao lado do já veterano de guerra Gelinho, o camisa 10 e ícone do clube, o meia fez a sua equipe tomar as rédeas da partida, conforme o tempo passava. Com maior parte da posse de bola, o clube foi cozinhando o mandante em banho-maria, mas parava na falta de qualidade de suas finalizações. O Forquilhinha, por sua vez, vez ou outra tentava algo, principalmente nos pés do garoto-prodígio Ewerton, ainda que os chutes a gol fossem escassos.

Jogada lateral da equipe visitante puxada por Robinho (Foto: Matheus Pereira)
Atletas reclamam de cartão amarelo recebido pelo zagueiro da equipe (Foto: Matheus Pereira)
Os ânimos dessa vez começaram a esquentar quando o zagueiro Tijolo, capitão do Caravaggio, recebeu cartão amarelo por interceptar contra-ataque e simplesmente deu uma peitada no árbitro, causando o alvoroço relatado acima. Depois, algumas entradas mais ríspidas renderam um cartão aqui e outro ali, mas O LANCE da primeira etapa veio lá pela casa dos 30 minutos, quando o atacante Rudinei se viu cara a cara com o goleiro Fera, que cresceu pra cima dele e salvou o time da casa.

Isolado na frente, De Brida era pouco acionado pelos seus armadores Dudu e Ewerton. Quando recebeu, porém, deu uma furada bisonha. Nas laterais, Zeca e Paraíba não estavam num bom dia; este segundo, inclusive, sempre muito criticado pela torcida, tinha de ouvir as reclamações ao pé do ouvido no primeiro tempo. O principal protesto era de que o atleta não guardava posição e pecava na marcação.

O incansável Gelinho puxando mais uma jogada ofensiva do Carava (Foto: Matheus Pereira)
Tiago Renz indo ao ataque, sendo observado atentamente por Renato (Foto: Matheus Pereira)
O velocista Fusca ainda perdeu uma chance de abrir a contagem em favor do Caravaggio ainda no primeiro tempo. Mesmo com a pressão, a equipe não conseguiu balançar as redes e o intervalo chegou com a rádio anotando o placar de 0 a 0, com algumas reclamações esparsas da arbitragem, que seguia mantendo a partida com rédeas firmes; a etapa inicial teve seis cartões amarelos.

Pouco incisivo na etapa inicial, o time da casa investiu na troca no ataque para mudar o panorama; Gilson entrou no lugar de De Brida para o segundo tempo. Porém, o Forquilhinha teve uma baixa logo aos 6 minutos; o zagueiro Juliano, que já tinha amarelo, empurrou Muca e viu la tarjeta pela segunda vez, sendo excluído de campo. O cômico foi que o atleta, ao ver que seria expulso, simplesmente ajoelhou na frente do árbitro e IMPLOROU contra a ação do sr. João.

Bela dividida de cabeça no torto meio do campo (Foto: Matheus Pereira)
Rudinei chutando extremamente torto (Foto: Matheus Pereira)
Aí, um lance completamente atípico arrancou lamentações e reclamações da torcida local. Na jogada seguinte à expulsão, o time, mesmo com um a menos, foi pra cima. Ewerton driblou MEIO MUNDO, chegou cara a cara com Pedro Paulo, que já caía, e bastava um leve tapa por cima, ou uma finalização na esquerda, para correr para o abraço. O camisa 11 do Forquilhinha, porém, chutou em cima do arqueiro, para desespero dos adeptos mandantes.

Depois disso, porém, tudo normal: o time se fechou na defesa e chamou o Caravaggio ao ataque. O artilheiro Kanu, camisa 19, entrou no esquadrão visitante, e em seu primeiro lance deu uma austera testada na bola, que explodiu na trave. Minutos mais tarde, ele estava na hora certa e no local certo, colocando a bola nas redes. Porém, o atacante estava impedido e o tento foi anulado.

Lateral Bruno fazendo inversão de jogo (Foto: Matheus Pereira)
Na base dos contra-ataques, o Forquilhinha conseguia assustar mais que conseguiu na etapa inicial. A posse de bola era praticamente EXCLUSIVA do time visitante, que chegava, chegava, e nada. O goleiro Fera, do time local, também foi importantíssimo para a manutenção do zero no placar, com essenciais defesas em investidas do Carava. Kanu ainda fez a bola beijar a trave mais uma vez, para seu próprio desespero.

Renan, lateral que entrou no decorrer da partida, pensando no que fazer com a pelota (Foto: Matheus Pereira)
Uma das jogadas em velocidade a favor do time da casa (Foto: Matheus Pereira)
A pá de cal sobre o Caravaggio quase veio aos 48. Bruno levou pela direita, invadiu a área, deixando Max para trás (foto acima) e cruzou; Ewerton tentou a primeira, a bola explodiu em Tijolo e voltou para Dudu, que puxou para lá, para cá, gingou, e acabou sendo desarmado. Seria o gol que decretaria o azar dos visitantes, mas serviu apenas para demonstrar como foi o confronto, que terminou igualado em Forquilhinha 0x0 Caravaggio

Agora, os donos da casa, que empataram em zero nas duas partidas em que jogaram em casa e que presenciei, perderam a liderança do certame para o Meleiro, que goleou, e agora ocupam a segunda posição. O Caravaggio, ainda com uma partida a menos, é o quarto colocado e tem pela frente o CLÁSSICO DA POLENTA, ante o Metropolitano.

A torcida, GARRADA na grade, e ao fundo o pinheiro que nomeia o estádio (Foto: Matheus Pereira)
O Desprovidos segue na luta, acompanhando o Regional e prometendo semana pós semana que irá presenciar novos campeonatos. Veremos, e sigamos. O tempo tá curto e a vontade é muita. No mais, é isso aí. Até mais, e muito futebol para nós.

Abraços.

sábado, 6 de setembro de 2014

Em jogo com confusões, paralisações e até ambulância, Itaúna e Forquilhinha se igualam

Olá.

Na tarde deste dia 06 de setembro, sábado, estive a postos para mais uma rodada do Campeonato Regional da LARM. Me encaminhei até o HISTÓRICO Estádio Engenheiro Mozart Vieira, no distrito de Rio Fiorita, Siderópolis, para presenciar uma peleja válida pela quarta rodada do certame, na qual o mandante, Itaúna, recebia o Forquilhinha para mais um compromisso. Juntamente à minha pessoa foi a namorada e companheira de aventuras Pupella.

Visão geral da simpática arquibancada deste já ANCIÃO estádio (Foto: Matheus Pereira)
Sendo o Itaúna o representante mais antigo da atual conjuntura da LARM, é fato que já obtém minha simpatia facilmente. Campeão em 1956, em meio à fama de Metropol - que foi o maior clube de SC na época -, Comerciário, que posteriormente virou Criciúma, entre outros, o clube que originalmente era constituído por trabalhadores da siderúrgica da antiga cidade de Belluno (virou Siderópolis depois que a CSN instalou a siderúrgica no local; Siderópolis = cidade da siderúrgica), hoje é uma PEÇA DA HISTÓRIA que desfila nas quatro linhas a nossos olhos.

Deixo aqui registrado, para falar efetivamente de hoje, minha insatisfação com o árbitro Cleomar Abegg, que iniciou a partida 15h20, quando eu ainda adentrava nas dependências do estádio, CERTO de que conseguiria tirar as fotos oficiais. Por motivos óbvios, acabei não conseguindo elas, e isso foi algo que me deixou um tanto chateado.

Jogador do Itaúna cobrando lateral enquanto ainda havia sol (Foto: Matheus Pereira)
Com a bola rolando, porém, o time da casa começou de uma maneira lastimável. Mesmo tendo uma vitória e um empate em duas partidas (o confronto contra o Mãe Luzia foi adiado), os atletas do Itaúna se mostravam perdidos em campo, cedendo muitos espaços e perdendo bolas infantis na defesa, levando à loucura os aficionados que se acumulavam nas arquibancadas de madeira do estádio. Melhor organizado, o Forquilhinha levava o jogo como queria.

Sabido disso, foi até surpreende que a equipe tenha demorado quinze minutos para abrir o placar. Em uma jogada fácil pela esquerda, Dudu recebeu de Ewerton e levou à linha de fundo para cruzar na medida em direção à De Brida, que entrou DE CARRINHO para colocar a bola pra dentro das redes e fazer o um a zero. Os torcedores que vieram da cidade que dá nome ao time, em Siderópolis de visitantes, comemoraram muito a abertura de placar do então líder da competição.

Jogadores do Forquilhinha fazem um sanduíche de De Brida na comemoração do gol (Foto: Matheus Pereira)
Itaúna tenta resposta imediata (Foto: Matheus Pereira)
Depois do gol sofrido, na base da vontade, o Itaúna respondeu, mas sem perigo à meta defendida por Fera. Poucos minutos mais tarde, porém, veio o lance mais triste da partida. Em uma dividida no meio, o camisa 10 do time da casa, Mateus Ovelha, acabou torcendo de forma feia o tornozelo, tanto é que os atletas - que logo acharam que ele teria quebrado o pé - de ambas as equipes fizeram o árbitro paralisar na hora a partida para atendimento ao atleta.

O atendimento durou longos minutos, até que Ovelha foi retirado de maca, chorando muito, e a ambulância foi chamada; a mesma chegou apenas no fim da primeira etapa, pois estava atendendo um acidente automobilístico. Prontamente entrou em campo e a perna do jogador foi imobilizada, ele posto na maca e levado ao hospital. Depois, foi constatado que Ovelha torceu o tornozelo. O Desprovidos torce pela breve recuperação do jogador.

Todos preocupados enquanto o atendimento se dava... (Foto: Matheus Pereira)
...Mateus Ovelha, por sua vez, saiu de campo aos prantos... (Foto: Matheus Pereira)
...e foi posteriormente levado ao hospital (Foto: Matheus Pereira)
Depois da lesão do companheiro de equipe, com SANGUE NOS OLHOS o Itaúna foi para cima do adversário. Mas as entradas, em geral, ficaram um tanto mais duras, as discussões mais constantes, e o árbitro foi perdendo aos poucos o controle do jogo ao preterir os cartões amarelos pela conversa ao pé do ouvido com os jogadores. Reclamação vai, reclamação vem, e o time da casa cresceu em campo.

Uma hora o gol teria de sair, e o mesmo veio aos 37 minutos. Numa falta na intermediária, um lance que pareceu ensaiado terminou com um TIRAMBAÇO do meio da cancha, deferido por Dal. A bola pegou tamanha força e velocidade que ninguém viu o trajeto dela até o ângulo da meta defendido por Fera - quiçá, nem mesmo o goleiro Fera -, igualando o marcador em favor do Itaúna: 1 a 1, que perdurou até o intervalo.

Jogadores comemoram com Dal o gol de empate (Foto: Matheus Pereira)
Zeca, do Forquilhinha, aguardando a definição do atleta do Itaúna (Foto: Matheus Pereira)
Na etapa final, parece que pegaram tudo de ruim do primeiro tempo, com exceção da ambulância, jogaram numa panela e esse foi o resultado do segundo. As equipes bem que tentaram jogar no começo, até fazendo um jogo equilibrado, mas o juiz havia perdido de vez a mão da partida e as discussões e paralisações de jogo - principalmente por atletas caídos - eram frequentes, tornando impraticável o futebol.

Cena frequente na etapa final: muita reclamação (Foto: Matheus Pereira)
Essa, de bola rolando, foi um tanto mais rara (Foto: Matheus Pereira)
Uma das discussões, esta mais ACALORADA, entre o treinador do Forquilhinha e o bandeirinha, acarretou na expulsão do primeiro. Nervoso, quase partiu pra cima do auxiliar, que também não estava lá por brincadeira e os dirigentes do Itaúna que tiveram de intervir para que a confusão não aumentasse por ali. Ah, certo, esqueci de dizer o porque da discussão ter iniciado.

Num dos poucos bons lances da segunda etapa, criado pelo time visitante, uma finalização de fora da área obrigou boa defesa do arqueiro local. O problema foi que a bola acabou escapulindo por trás do mesmo, que pegou firme e seguiu o jogo, para o desespero dos adversários, que juravam de pé junto que a pelota havia ultrapassado a linha aquela. De tanto reclamar do árbitro Cleomar Abegg, o treinador acabou sendo tirado de campo e discutindo com o auxiliar.

Mais jogo parado! Dessa vez, para atendimento ao goleiro após o lance descrito acima (Foto: Matheus Pereira)
Tudo foi se encaminhando para o final no mesmo um a um, com muitas reclamações e paralisações na partida. Até que um zagueiro do time da casa foi sair jogando, pressionado por Paraíba, lateral visitante, se estabanou e perdeu a bola, deixando à limpa um contra-ataque para o Forquilhinha. Paraíba levou, levou, cruzou... e errou. Jogou pela linha de fundo a última chance da partida, que não podia encerrar em outro resultado: Itaúna 1x1 Forquilhinha.

Só para fechar com chave de ouro, novamente cena do jogo parado (Foto: Matheus Pereira)
Agora, o Forquilhinha lidera a competição com oito pontos em quatro jogos, dividindo o posto com o Meleiro. Enquanto isso, o Itaúna está na quarta colocação, com cinco pontos conquistados em três partidas. As duas equipes voltam a campo pelo Regional no próximo fim-de-semana, assim como o Desprovidos, que, logicamente, tem encontro marcado nesse mesmo endereço com todos vocês.

Abraço!