Siga o Desprovidos!

domingo, 31 de agosto de 2014

Metropolitano e Lauro Müller dão sequência à baixa média de gols do blog

Daí.

Nesse domingo (31), troquei sem peso na consciência algum a pobreza futebolística apresentada pelo Criciúma por mais uma rodada do Campeonato Regional da LARM. Fui até a belíssima cidade de Nova Veneza (fica aí a dica de turismo do blog) para presenciar o confronto entre Metropolitano e Lauro Müller, válido pela terceira rodada do certame. Seria a primeira vez que o Metrô jogaria em sua casa, o Estádio Darci Marini, no Regional de 2014.

GE Metropolitano, que foi a campo com: Passarela, Cleiton, Lalo, Ramon e Willian Barcelos (em pé); Ricardinho, Will, Jean Felipe, Luan, Genison e Filipe (agachados). (Foto: Matheus Pereira)
AD Lauro Müller, que chamou todo mundo pra foto mas foi a campo com: Rafael; Hudson, Bodinho, Samuel e Diezom; Maicon, Neném, Dai, Alcione e Rodrigo Hoffmann; Maurício. (Foto: Matheus Pereira)
Depois de se igualar em zero contra o Forquilhinha na primeira rodada, como noticiado pelo blog, o Metrô folgou na segunda rodada e iria pela primeira vez se encontrar com sua torcida. Já o Lauro Müller, acumulava duas derrotas no certame - contra Meleiro e Forquilhinha - e precisava dos três pontos para tentar se reerguer na tabela. Vale lembrar que o Desprovidos mantinha a baixa média de 1 gol/jogo no Regional, e apostava as fichas nessa partida para a aumentar.

Ao me encaminhar até o Darci Marini nessa GOSTOSA tarde de inverno, relembrei o motivo desse estádio e desse time serem tão queridos por este que vos escreve. A torcida não se importou com o jogo do Criciúma e compareceu à peleja, disposta a ver o clube alvirrubro conquistar a primeira vitória no certame.

Ramon sendo marcado por Maicon enquanto carrega a bola (Foto: Matheus Pereira)
Ricardinho puxando ataque em favor do Metrô (Foto: Matheus Pereira)
Com o apoio da torcida, o Metropolitano tentou impôr seu jogo desde o início. Por sua vez, o Lauro Müller esperava a oportunidade aparecer, mas também conseguia assustar o adversário. Ambos os times tinham representantes mais, digamos, CORNETEIROS, nas arquibancadas do Marini. Sobrava, acima de tudo, para o coitado do árbitro, que tinha de ouvir bastante. Em campo, tudo seguia equilibrado; Passarela e Rafael tiveram pouco a fazer.

Filipe pensa no que fazer com a bola, enquanto Rodrigo Hoffmann se mostra atento (Foto: Matheus Pereira)
As chances, inicialmente consideráveis, foram sendo desperdiçadas cada vez mais bisonhamente. Um resquício de suspiro foi tirado dos pulmões dos torcedores de Lauro Müller quando o meia Rodrigo Hoffmann recebeu frente a frente com Passarela e deu um leve tapinha sobre o arqueiro; seria gol, caso o volante Will não resolvesse atrapalhar o blog na missão de ver mais bolas na rede, salvando o Metropolitano com uma forte testada sobre a linha.

O time da casa tinha extremo domínio da partida na posse de bola e em termos de ocupação de espaços. Contudo, tal vantagem não era revertida em chances de perigo; uma vez o outra, Ramon finalizava com mais ímpeto ou alguém subia ao ataque com a intenção de tirar o zero do marcador, todas sem sucesso. Com relação a faltas, tudo estava tranquilo para o árbitro Manoel Tomaz, com nenhuma falta de maior rispidez na primeira etapa, e nenhum cartão amarelo.

O árbitro Manoel Tomaz ao centro, com seus dois excêntricos assistentes (Foto: Matheus Pereira)
Atacante Maurício sendo marcado por Willian Barcelos (Foto: Matheus Pereira)
O final da primeira etapa chegou; sem antes o centroavante Ramon, do Metropolitano, tirar tinta do travessão em bonita cobrança de falta. O inquieto treinador Valter Ghislandi já notava suas orelhas esquentarem por parte da torcida estar cobrando mudanças na equipe. E ele mudou, colocando, no intervalo, Bruno Frigo; em menos de 10 minutos do segundo tempo, Foguinho e Rodrigo Zeferino.

Com o segundo tempo, as equipes pareciam mostrar mais vontade, embora o predomínio ainda fosse muito por parte do time local. O Lauro Müller buscava sair nos contra-ataques, assim como na etapa inicial. Numa das melhores chances, o zagueiro Cleiton fez bonita jogada entre os jogadores adversários e bateu pro gol. Rafael, goleiro adversário, SE PERDEU e quase colocou pra dentro; a bola beliscou a trave e foi salva pelo próprio arqueiro.

Volantão Filipe em dois momentos: primeiramente, observando Alcione... (Foto: Matheus Pereira)
...depois, DANDO NO MEIO de Rodrigo Hoffmann (Foto: Matheus Pereira)
Aos poucos, as chances do Metrô foram se tornando mais reais ainda. Rodrigo Zeferino estava muito bem na frente, embora perdendo oportunidades; numa delas, frente a frente com Rafael, jogou para fora. Aos poucos, as peças ofensivas foram postas em campo por Ghislandi. Jucemar - aquele mesmo, ex-Grêmio, Coritiba, Joinville e Dínamo Tbilisi/GEO - foi uma delas. Jogando no meio, se tornou o principal armador do time.

Mas foi numa bola parada que tudo mudou. Em falta perto da entrada da área, o atacante Rodrigo Zeferino - que entrou para mudar o jogo - cobrou com perfeição, acertando o ângulo do goleiro Rafael e correndo para o abraço, um a zero. Mesmo assim, a equipe não desanimou e no lance seguinte quase alcançou o segundo tento.

Zeferino (17) comemora seu gol de falta com Jucemar (13) (Foto: Matheus Pereira)
Lauro Müller ainda tenta o empate nos minutos finais (Foto: Matheus Pereira)
A partir de então, o sol saiu e seu dente caiu e o Lauro Müller foi pra cima. Ainda restavam 10 minutos de futebol após o gol, e o clube visitante muito assustou o Metropolitano, criando grandes oportunidades que foram desperdiçadas pelos finalizadores. Ao final da partida, no entanto, o marcador apontava Metropolitano 1x0 Lauro Müller. O Metrô conquistava a primeira vitória na competição, enquanto o time visitante segue seu calvário; a sorte é que não há rebaixamento.

Nota-se que o Desprovidos manteve a escrita, com a NANICA média de gols de 1/jogo no Regional. Semana que vem, há mais um compromisso para tentar mudar a estatística. Talvez eu pare de prometer a mim mesmo sem nunca cumprir e efetivamente traga dois jogos num fim-de-semana só para serem cobertos pelo blog. Mas isso é assunto para outros capítulos.

Portanto, até lá.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Cocal do Sul e Meleiro se igualam pelo Regional numa tarde muito quente


Salve.

No último sábado (23), fui, mais ao amigo Giovane, presenciar mais uma rodada do querido Campeonato Regional da LARM. Em campo, duas agremiações que ainda não haviam sentido o sabor da derrota. Jogando em casa, o Cocal do Sul recebia o Meleiro, em jogo válido pela segunda rodada do certame. O encontro ocorreu no Estádio Walmor Mário Guollo, meu quarto por lá esse ano, o terceiro do Cocal - um foi do Criciúma sub-20.

Uma pena que não consegui fazer a foto oficial do Meleiro, que entrou atrasado em campo e já foi direto se posicionar no gramado, pois o Cocal o esperava. O árbitro Cleomar Abegg imediatamente chamou o capitão para realizar o sorteio e fiquei sem a minha foto. Pelo time da casa, a foto saiu apenas com 10 jogadores; um deles não havia entrado em campo ainda e ficou de fora. Portanto, mesmo com este DESAIRE, aí está a foto oficial do Cocal do Sul.

AA Cocal do Sul, com: Rafael, Shayder, Jeff, Wilson Sabão e Marquinho (em pé); Deines, Bolinho, Vitinho, Anderson Butiá e Dudu (agachados); Ramon ficou de fora (Foto: Matheus Pereira)
Para finalizar o combo da tarde de sábado, o calor estava realmente infernal. Não era aquela coisa aceitável, simplesmente nos torrava sob esse céu de um inverno fake. Tal disparate, inclusive, se estendeu até o domingo também, conseguindo ainda aumentar a temperatura, duras penas para os sul-catarinenses. Mesmo com os graus lá em cima, a torcida local compareceu para apoiar a equipe da cidade.

Dudu, do Cocal, com a bola no início da partida (Foto: Matheus Pereira)
Jogador do Meleiro fazendo passe com pose (Foto: Matheus Pereira)
O jogo, por sua vez, começou condizente ao calor. Fraco tecnicamente, com muitos passes errados, não animava aos espectadores presentes nas arquibancadas do GUOLLÃO. Os treinadores também estavam pouco satisfeitos com suas equipes, gritando e gesticulando muito na beira do gramado. Uma das poucas opções ofensivas eficientes no time da casa, o lateral-esquerdo Vitinho era quem mais tentava, inclusive chegando a fazer uma bela jogada individual e cruzando para Ramon, que desperdiçou a chance.

Jogada perto da linha lateral enquanto Rafael prepara o passe (Foto: Matheus Pereira)
E o jogo foi se tornando fraco, assim como o que presenciei na primeira rodada. Mais bem postado taticamente (até por conter em seu grupo vários ex-jogadores profissionais, em sua maioria do Rio Grande do Sul), o Meleiro era dono das ações da partida, possuidor de mais posse de bola e melhor articulador de jogadas. O Cocal, por sua vez, principalmente na base da velocidade e alguns chutes de longe, conseguia assustar o goleiro adversário Didi.

A linha de três volantes do time da casa formada por Deines, Marquinho e Jeff de pouco servia, e desde o primeiro já tilintavam as reclamações para o treinador Barroso mudá-la em função de um novo meia (o time estava com dois) ou atacante (um). Mas, pouco a pouco o jogo já começava a se desenhar para o zero a zero, assim como encerrou o primeiro tempo. Muito equilíbrio e pouca criatividade.

Jogador do Meleiro preparando a cobrança de falta (Foto: Matheus Pereira)
Já no segundo tempo, lateral Bolinho carrega a redonda para o ataque (Foto: Matheus Pereira)
O segundo tempo começou e também não foi lá AQUELA COISA MARAVILHOSA, mas deu uma leve melhorada. Por jogar em casa, o Cocal tentou ir para cima, mas a falta de criatividade era ainda um empecilho para o escrete local. Mais conhecedor, o Meleiro - que havia somado três pontos na estreia - apenas administrava o placar. O zero a zero ainda era perceptível nas entranhas da partida; eu me chateava, afinal, não gostaria de ver o segundo placar em branco em sequência.

Só para não deixar passar uma partida não profissional sem uma discussãozinha aqui e acolá, após uma dividida que o lateral Bolinho deixou o braço no adversário, uma confusão se instaurou. O goleirão da equipe do Meleiro foi tirar satisfação e aí o árbitro Cleomar Abegg teve de ter muito JOGO DE CINTURA pra manter a situação sob controle; e ele manteve, apenas conversando com os atletas e jogo que segue.

Após a discussão, já com os ânimos mais acalmados (Foto: Matheus Pereira)
Patrick, que entrou no segundo tempo, fazendo jogada pelo meio (Foto: Matheus Pereira)
Quando o jogo voltava à monotonia habitual, Jeff cobrou falta de longe com um TIRAMBAÇO, porém na altura das mãos do goleirão Didi. Acontece que o arqueiro foi encaixar e largou a rechonchuda NOS PÉS do inimigo, o centroavante Ramon, que não desperdiçou e colocou o Cocal na frente do placar aos 17 minutos da etapa final. Ao meu lado, os próprios diretores do clube admitiam: "foi um gol achado".

Aliás, o calor fez uma vítima no gramado, que foi o zagueiro e capitão cocalense Wilson Sabão. O jogador passou mal e foi prontamente substituído, sendo atendido do lado de fora com muita água, pessoas abanando e cautela até que ele se recuperasse por completo - e tal momento veio pouco mais tarde; então, ele e o já substituído Anderson Butiá ficaram sentados na entrada do vestiário, perto deste que vos escreve, conversando alegremente.

Jogador do Cocal do Sul segurando a bola perto da linha de fundo (Foto: Matheus Pereira)
Ao contrário do que parece, o jogador do Meleiro não acredita que possa voar - eu acho (Foto: Matheus Pereira)
Bolinho sendo substituído por Chumbo, já no fim do jogo (Foto: Matheus Pereira)
O Meleiro, depois do gol, deixou de administrar a partida e resolveu ir para cima. A pressão começou a surtir efeito a partir dos 30, quando o clube visitante fez o goleiro Rafael trabalhar - e bastante. O jogo parecia estar indo realmente para a vitória mandante. Até que, aos 40 minutos de jogo, Zezé, ex-Canoas/RS, cobrou escanteio perfeitamente na testa de João Simon, que, sem marcação, nem precisou pular para acertar o ângulo e deixar tudo igual, festejando muito com os colegas e a comissão técnica.

Depois, o time da casa ainda buscou voltar à frente do marcador, mas sem conseguir criar chances; a partida ficou mesmo em Cocal do Sul 1x1 Meleiro. Em duas rodadas, o Cocal soma dois pontos, e ocupa a quinta colocação. O Meleiro segue invicto, com quatro pontos, e no segundo lugar; em primeiro, Forquilhinha, que venceu Lauro Müller fora de casa.

O amor está no ar em Cocal do Sul (Foto: Matheus Pereira)
Ao fim de tudo, eu e meu convidado de honra do dia fomos até o mercado, compramos uns quitutes para comer na praça e nos encaminhamos para o retorno à Criciúma. No fim, tudo isso é muito mais divertido que acompanhar as derrotas do time do coração, como no domingo, que ocorreu mais uma. Logo, semana que vem nos vemos de novo aqui no Desprovidos, com mais futebol fora dos holofotes.

Boa semana, e até lá.

sábado, 16 de agosto de 2014

Na abertura do Regional, Forquilhinha e Metropolitano fazem jogo feio

Hola!

Finalmente começou O MAIS QUERIDO, aquele que é o campeonato semi-profissional mais tradicional de Santa Catarina e que agora chega à sua 66ª edição com mais glamour que nunca: o Campeonato Regional da LARM. Nessa primeira rodada, fui até o Estádio do Pinheirão, no bairro Ouro Negro, no município vizinho de Forquilhinha, onde a equipe local receberia o Metropolitano, de Nova Veneza, vice-campeão da Copa Sul no início do ano.

Equipes participantes do Regional 2014 (Foto: Matheus Pereira)
A mais tradicional competição amadora do estado teve seu início no longínquo ano de 1948, com o Atlético Operário levantando a taça pela primeira vez. Seguiu-se com muita tradição pelos 20 anos que se sucederam, com Comerciário (que posteriormente virou o Criciúma EC), Próspera, Metropol e o próprio Atlético travando ferrenhas batalhas pelo posto de melhor da região. Entre os participantes do certame de 2014, o único que disputava na época é o Itaúna, de Siderópolis, que foi campeão pela primeira vez em 1956.

Voltando à edição de 2014, primeiramente ela teria 11 equipes, mas De Villa e Ouro Preto desistiram pelo caminho, deixando a competição com apenas nove disputantes - Meleiro, Carbonífera Criciúma, Itaúna, Metropolitano, Cocal do Sul, Mãe Luzia, Caravaggio, Forquilhinha e Lauro Müller, na ordem da foto acima -. Na primeira fase, todos se enfrentam, e este blog cobrirá partidas de todos os clubes, sem exceção.

Forquilhinha FC, que foi a campo com: Fera, Bodão, Fabrício, Ewerton, Isaac e De Brida (em pé); Dudu, Dinho, Paraíba, Zeca e Renato (agachados). (Foto: Matheus Pereira)
GE Metropolitano, que foi a campo com: Will, Ramon, Lalo, Cleiton, Willian Barcelos e Passarela (em pé); Genison, Luan, Jean Felipe, Ricardinho e Filipe (agachados). (Foto: Matheus Pereira)
E a ATMOSFERA que ronda o Regional é muito digna. Acabaram-se os times de bairros do Municipal, que tem até seu charme, mas no mais querido o buraco é mais embaixo. Com um EMARANHADO de carros ao redor do Pinheirão, com muito som, churrasco e cerveja, a vida dos torcedores que foram acompanhar o Forquilhinha FC - e os que vieram de Nova Veneza, sempre em bom número, para ver o Metrô jogar - se resumia à pelota e às quatro linhas naquela tarde.

Talvez tal ânimo tenha abocanhado de jeito também aos dirigentes do Forquilhinha, que após passada a cerimônia de abertura do municipal e quando tudo já se encaminhava para o início, tratou de ceder a nós, da imprensa, uma caixa de salgadinhos, daqueles fritos. Inclusive, fica aqui meu agradecimento ao clube, pois eles estavam muito bons.

Pontapé de início do Regional de 2014, dado por Jean Felipe e Ramon (Foto: Matheus Pereira)
Forquilhinha tentando armar jogada pela esquerda (Foto: Matheus Pereira)
Quando o árbitro apitou, porém, a concentração minha e dos amigos da imprensa voltou ao jogo. Embora merecesse ter ficado nos quitutes. Em uma partida fraca tecnicamente que encaixava perfeitamente com o tempo fechado que fazia no sul do estado, nenhum dos times conseguiu empolgar, e as esparsas finalizações se davam, principalmente, por meio de cabeçadas em cobranças de escanteio - 3 das 4 finalizações antes dos trinta minutos saíram assim.

Dudu tenta levar o Forquilhinha ao ataque (Foto: Matheus Pereira)
Cusco se fazendo presente no confronto (Foto: Matheus Pereira)
Até um pobre cusco que estava ali conosco, no espaçamento entre o local destinado à imprensa e delegado e as quatro linhas, cansou de ver aquela pelada e se mandou, perdendo-se entre a selva de pernas humanas que se fazia por detrás do alambrado. Em campo, tudo seguiu na mesma: muitas paralisações, falta de objetividade e pouco perigo oferecido aos goleiros.

No fim das contas, o salgadinho estava melhor mesmo. Ao fim de relaxados 45 minutos, o árbitro Marcelo de Lima encerrou a primeira etapa que facilmente concorre a uma das piores já relatadas aqui pelo blog. Apenas torcia para que o segundo tempo viesse diferente.

Jogador do FFC procurando se entender com a pelota (Foto: Matheus Pereira)
Mas as equipes continuaram se estudando muito e deixando aparecer a melhor alternativa possível antes do arremate, muito embora ela poucas vezes surgisse e a partida ficasse deveras burocrática. O centroavante Ramon, do Metrô, era nulo, e acabava falhando na concretização por diversas vezes no ataque alvirrubro. Enquanto isso, mais ofensivo e puxado pelo eficiente Ewerton, especialmente nas cobranças de falta, o Forquilhinha era ligeiramente melhor - faltava poder de decisão.

Para o senhor Marcelo de Lima, a partida ficou um pouco mais complicada, visto que as entradas se tornaram mais TRUCULENTAS. Quem não estava para a paz era a galera do alambrado do Forquilhinha, que reclamava muito com o árbitro e se mostrava bem insatisfeita com o desempenho do mesmo, ao contrário do lateral Zeca - muitas vezes chamado de MAGRINHO pela torcida -, que jogava pela direita, pertinho dos locais, e era um dos mais elogiados.

Todos atentos à rechonchuda (Foto: Matheus Pereira)
De Brida tenta um último respiro para o Forquilhinha, já no fim do confronto (Foto: Matheus Pereira)
Quando a partida já estava na casa dos 30 minutos, Valter Ghislandi, treinador do Metropolitano, sacou o inerte Ramon e colocou o arisco Foguinho, que - com o perdão do trocadilho - INCENDIOU o jogo. Com suas jogadas individuais deu uma dor de cabeça à defesa do Forquilhinha, que estava bem de saúde durante a segunda etapa inteira, e quiçá durante a partida inteira.

No entanto, sozinho, o ruivo pouco pode fazer além de arrumar uma falta perigosa - batida por Jucemar nas mãos de Fera - e driblar muito. Um pouco mais consistente, o time da casa levou mais perigo, mas ainda pecando no último toque, inábil de alterar o zero do placar, apesar do volume de jogo.

Willian advertido com cartão amarelo em jogada que poderia ser vermelho (Foto: Matheus Pereira)
O momento mais emocionante do enjoado fim de partida foi já aos 42, quando o zagueirão Willian Barcelos, dos visitantes, perdeu o tempo de bola e acertou com a mão no rosto do adversário, ainda puxando a camisa do mesmo depois. Mesmo com a torcida local chiando e pedindo um cartão vermelho - que não seria de nenhum exagero, diga-se de passagem -, o árbitro mostrou somente a tarjeta amarilla ao camisa 4.

Ficou nisso aí. Forquilhinha 0x0 Metropolitano foi uma das três partidas da tarde de abertura do Regional, que contou com apenas três gols. A melhora de nível tem que ser grande para acompanhar a LENDA por trás da simpática competição.

O goleiro Passarela teve de trocar a camisa NO MEIO DO JOGO, por causa da cor; inusitado (Foto: Matheus Pereira)
Foi isso aí que rolou na tarde de sábado no PINHEIRÃO, em Forquilhinha. Retornei à casa já pensando na próxima rodada, e mais que obviamente, todas as rodadas terão ampla cobertura do Desprovidos. Nos vemos no encontro seguinte, seja pelo Regional ou por outro certame. Certo do teu retorno para acompanhar os aprazíveis amadores.

Abraços.

domingo, 10 de agosto de 2014

Carbonífera Criciúma não dá vez ao surpreendente Renascer e conquista o título do Municipal

Buenas.

Enfim, chegamos a final dessa nossa querida competição que é o Campeonato Municipal de Criciúma. Depois de 38 partidas, finalmente chegamos naquele embate que definiria o vencedor. De um lado, a Carbonífera Criciúma, uma das equipes que mais havia levantado o caneco, com quatro conquistas, contra um surpreendente Renascer, que não era tido como um dos favoritos e chegou na decisão. A peleja seria no Estádio Antônio Peruchi.

Renascer, árbitros e Carbonífera Criciúma (Foto: Matheus Pereira)

As belas taças do torneio
(Foto: Matheus Pereira)
O Renascer teve uma campanha surpreendente na Taça Lussa Librelato/Municipal de Criciúma. Ficou em terceiro colocado no grupo do próprio Carbonífera Criciúma, e depois contou com vitórias nos pênaltis ou com um gol de diferença para bater concorrentes considerados favoritos e alcançar a vaga na decisão; não à toa, a equipe havia feito 5 gols e sofrido outros 5, enquanto o Carbonífera havia assinalado as redes em 12 ocasiões.

Muita festa nas arquibancadas do PERUCÃO, em suma maioria torcedores da equipe do Renascer, que levaram consigo muitos fogos e rojões, tornando a festa um tanto barulhenta, ainda que esse seja um ponto positivo. Muita gente foi envolvida na cerimônia, que contava com uma cobertura de imprensa poucas vezes vista até então no campeonato, além de presenças ilustres da prefeitura da cidade.

Enfim, o REBULIÇO, os carros cercando o estádio, o clima de amizade e rivalidade simultânea dos torcedores, gente se arrumando em carros e caminhões para assistir, e até uma barraquinha de bebidas estava presente; isso sim é futebol amador!


Borrachinha e Dael, dupla de ataque do Alvinegro, prontos para dar o pontapé inicial (Foto: Matheus Pereira)
Dedé puxa ataque para a Carbonífera (Foto: Matheus Pereira)
Com todo o favoritismo que rondava, a equipe da Carbonífera Criciúma começou o jogo pressionando o adversário, que se safava com jogadas puxadas na base da velocidade. Embora melhor postado em campo, o Alvinegro via o surpreendente Renascer equilibrar as ações da partida e assustar o goleiro Fabiano em finalizações de longe - artifício também usado pelo Carbonífera. Com isso, o jogo foi se tornando previsível, até que Dieguinho, da equipe azul, resolveu TACAR a mão na bola após cruzamento na área, penalidade máxima.

Goleirão - literalmente - Júlio César dá AQUELA desestabilizada pré-cobrança (Foto: Matheus Pereira)
Na bola, Gutierri, o cobrador oficial do Alvinegro. Antes da cobrança, Júlio César, goleiro do Renascer, até bem que tentou desestabilizar o maestro carequinha, mas não adiantou: bola no barbante, 1 a 0. Depois do tento, a equipe que estava em desvantagem no placar acabou se LAGARTEANDO, errando muito lance bobo e até mesmo passes no campo de defesa. Muitas oportunidades não foram aproveitadas pelo Carbonífera Criciúma até o fim da primeira etapa.

Mas quando o cronômetro RELAVA nos 41 minutos, Filipe recebeu na direita e acertou cruzamento perfeito que encontrou a testa flamejante do mesmo Gutierri, que com qualidade enfiou a cabeça na bola e ela mais uma vez morreu nas cordas claras das traves: 2 a 0.

Gutierri comemora com Filipe o segundo tento do jogo (Foto: Matheus Pereira)
Jogador do Carbonífera, encoberto pela bola, acerta passe de primeira (Foto: Matheus Pereira)
Bonita cobrança de falta de meia do Renascer, que obrigou linda defesa de Fabiano (Foto: Matheus Pereira)
Nos instantes finais da primeira etapa, o que se viu foi algumas entradas mais ríspidas e discussões dos dois lados, mas futebol que é bom foi bem pouco. Com muita disputa, o fim do primeiro tempo se decretou com 2 a 0 no placar, algumas bolas sumidas, outras reclamações esparsas - nenhuma delas do pênalti - e a vitória perto de pertencer ao clube Alvinegro.

Aqui, até o caminhão vira camarote (Foto: Matheus Pereira)
O segundo tempo chegou, e o time que estava vencendo, naturalmente, recuou e chamou o adversário. O Renascer não é bobo, e resolveu aproveitar, chegando a ditar o ritmo do jogo no meio da cancha. Mas o Carbonífera era indiscutivelmente mais time que os adversários do Municipal, e nos contra-ataques arrancava suspiros de seu treinador Jair Bala e fazia o goleiro Júlio César trabalhar.

Já no lado da defesa, Fabiano Borges salvava como podia, e quase sempre com intervenções cruciais para a manutenção do placar. E quando tudo estava em estado de extremo equilíbrio, o volante Filipe resolveu aparecer para o jogo mais uma vez, driblou MEIO MUNDO e bateu no ângulo, uma pintura, 3 a 0 e ainda faltava meia hora de jogo.

Uma encaradinha básica de atacante e zagueiro (Foto: Matheus Pereira)
Renato, do Carbonífera, marcado de perto pelo adversário (Foto: Matheus Pereira)
Aí o já famoso encrenqueiro Dael caçou uma confusão dentro de campo com o adversário, que ainda relevou a tentativa falha de bolada feita pelo atleta do Carbonífera. Exaltado, o treinador do Renascer teve de ser contido, aí para não ter problemas, Jair Bala - comandante da Carbonífera - tirou o jogador e pôs o SERELEPE Mateus Ovelha, que logo em seu primeiro lance, se desmarcou, recebeu em profundidade, e ao tirar do goleiro bateu nas redes pelo lado de fora.

Fá cobra lateral naquela que foi uma das fotos que mais gostei, particularmente (Foto: Matheus Pereira)
Um tempo mais tarde, Ovelha ainda perdeu outra finalização, assim como Borrachinha, e o Renascer exigiu trabalho de Fabiano Borges em uma ou duas oportunidades, mas o resultado já estava construído faz tempo, e todos haviam aceitado que o marcador não voltaria a se mover. Ao fim de tudo, Carbonífera Criciúma 3x0 Renascer decretou o quinto título do Alvinegro da Mina, que é o maior vencedor do Campeonato Municipal.

Jogadores reunidos em roda de oração (Foto: Matheus Pereira)

Renascer recebendo a medalha de prata (Foto: Matheus Pereira)
Carbonífera Criciúma recebe a de ouro (Foto: Matheus Pereira)
Após discursos de algumas personalidades ilustres e inclusive da filha de Lussa Librelato, que dá nome à taça, tivemos a entrega das premiações. Com uma campanha irrefutável, com direito a invencibilidade e melhor ataque, a Carbonífera se sagra novamente como maior vencedor do torneio. O Renascer conquista seu primeiro vice-campeonato em um torneio em que era dado como azarão; os atletas saíram aplaudidos por todos e em um clima amistoso com os adversários, como há de ser.

Capitão Fá recebe o troféu do Campeonato Municipal/Taça Lussa Librelato de 2014 (Foto: Matheus Pereira)
Jogadores posados com a taça na foto final (Foto: Matheus Pereira)
Parabéns a ambas as equipes, que conseguiram chegar à final de uma competição que reuniu 17 agremiações, e parabéns especial ao Carbonífera Criciúma, que alcançou mais um título - agora, tendo levantado o caneco em 2005, 2006, 2011, 2012 e 2014. Após um tempo de papo com os atletas e com os simpáticos dirigentes do Alvinegro, me retirei do estádio, dando adeus ao Municipal, que agora é só em 2015.

Escudinho do clube campeão (Foto: Matheus Pereira)
Agora, voltemos o foco ao nosso BRASILEIRÃO: o Campeonato Regional da LARM, que se inicia no próximo fim-de-semana, e se não ocorrer nenhum imprevisto, terá cobertura em todas as rodadas, e de todas as equipes. E assim que der, o Desprovidos de Fama também estará presente em outras competições, armando rodadas duplas geniais. É agora, que venha o nosso segundo semestre!

Abraços a todos.