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domingo, 26 de outubro de 2014

Surpresa: Carbonífera massacra o até então favorito Meleiro e põe um pé nas semis

Qual é.

Aproveitando o sábado futebolístico pré-eleições, onde teve bola rolando em aproximadamente todos os campos do mundo pelas mais variadas competições, eu não poderia deixar de cobrir um jogo do Campeonato Regional da LARM. Dessa vez, o embate era entre o oitavo colocado, a equipe da Carbonífera Criciúma, e o líder Meleiro, válido pelas quartas-de-final da competição. Como a equipe Alvinegra está "sem casa", jogando as partidas em que é mandante em locais diferentes, dessa vez tudo se deu no Estádio Mário Balsini.

AC Criciúma, escalada com: Fabiano Borges; Dedé (Dodi), Andinho, Juca e Fá; Ramon (Bruno), Tanaka, Gutierri e Maicon Ermo; Andrei e Dael (Ivo). (Foto: Matheus Pereira)
Meleiro EC, que foi a campo com: Didi; Rafael, Wagner, Binho e Nenê; Renato, Rô Neves, Zezé (Binho Moreno), Juninho e Roger; Alan (Kaká). (Foto: Matheus Pereira)
Encarei a tarde garoenta de sábado para ver um confronto que muitos já julgavam decidido; afinal, a única vitória até então do escrete carbonífero havia sido na última rodada, ante o Lauro Müller, e como dizem os avós daqui do sul, se classificou EM CIMA DO LAÇO - ou seja, "no sufoco". Já o Meleiro, líder incontestável da competição de cabo a rabo, havia garantido a vaga com muitas rodadas de antecedência, e até mesmo o primeiro lugar já era deles antes mesmo do fim da primeira fase.

Aliás, para explicar melhor: a Carbonífera, a partir de 2014, esteve sem estádio - anteriormente mandava no campo do Metropol - e manda cada partida num lugar diferente. Só na primeira fase, jogou nos estádios Da Montanha, Baixada da Glória, Rui Barbosa e Pinheirão. O Mário Balsini, pertencente ao Próspera, seria o quinto estádio que a equipe atuaria. Enfim, feitas as fotos oficiais, me dirigi até um banco de reservas desativado para me cobrir da chuva e encarar com facilidade o confronto.

Bola saindo das mãos de Dedé em lateral, com o céu carregado ao fundo (Foto: Matheus Pereira)
Andinho, da Carbonífera, carregando a bola perto da lateral (Foto: Matheus Pereira)
O jogo começou, a chuva caiu e a Carbonífera Criciúma, fazendo-se valer da situação de mandante, quis logo "mandar" no jogo e, sob o comando do enfático Gonzaga Milioli, exercia marcação a partir do meio-campo, não deixando o então líder pôr suas asinhas para fora. Com a maior parte da posse de bola e concentrando suas jogadas pelas laterais, o time da casa conseguiu chegar com força até abrir o placar, logo aos 16 minutos.

Em cobrança de falta próxima à área, o meia Maicon Ermo bateu com categoria e selou o um a zero no placar. Com um único atacante, o Meleiro bem que tentava reagir, mas esbarrava na inatividade ofensiva. Concentrado no meio-campo, o jogo se tornou um tanto módico, combinando com o clima CINZA que pairava nos céus. Era necessário um erro, cá ou lá, para o placar voltar a ser alterado. E quando a chuva começava a dar sinais de que pararia, o jogo melhorou.

Andinho preparando chute (Foto: Matheus Pereira)
Maicon Ermo se esforça para roubar a bola do rechonchudo Zezé (Foto: Matheus Pereira)
O tal do lance crucial a favor do time visitante veio somente aos 35 minutos, quando o talentoso Zezé deu lançamento milimétrico para Roger, sozinho, por trás da zaga, bater no cantinho e correr para o abraço, deixando tudo igual. Após o gol, o Meleiro se ACOROÇOOU e tentou apertar a Carbonífera, sem grande sucesso. O primeiro tempo já se encaminhava para o fim e um balde de água fria foi jogado na equipe.

Já na casa dos 40, o volante Rô Neves - que já tinha cartão amarelo - reclamou demais com o AUSTERO Almir Bortolotto, que parou o jogo, apresentou a segunda tarjeta ao atleta do Meleiro e o pôs, logicamente, para a rua. Com um a menos, a situação ficou complicada para a equipe, que voltou a sofrer pressão do time da casa e uma nova mudança do placar parecia mais óbvia que nunca.

Jogadores comemoram o segundo gol carbonífero (Foto: Matheus Pereira)
Bruno, à frente, se prepara para entrar, enquanto Ivo permanece aquecendo (Foto: Matheus Pereira)
E ela veio aos 46 minutos, quando Gutierri alçou Dael e o centroavante da Carbonífera bateu seco, na saída de Didi, que acabou aceitando: 2 a 1 para a equipe local. O golpe de redenção foi o último lance de um primeiro tempo movimentado, que serviu de entrada para o prato principal que viria a seguir: a zebra passeando fulgurante na etapa final. 

Para a parte final da partida, porém, a equipe do Meleiro simplesmente não entrou em campo. Errando passe bobo e não conseguindo encaixar sequer um ataque decente, foi presa fácil para a Carbonífera, que armava jogadas com relativa simplicidade, embora também não tivesse grande qualidade nos passes curtos, investindo nas FAMIGERADAS inversões e nos recuos, ambos sempre criticados pelo treinador.

Atendimento médico a Andrei, cujas costelas viram as travas da chuteira do adversário (Foto: Matheus Pereira)
Disputa de bola entre Alan e Andinho (Foto: Matheus Pereira)
Mas, tamanha era a inoperância dos visitantes, que o gol carbonífero haveria de sair. Aos 12, Maicon Ermo invadiu velozmente a área e foi derrubado pelo goleiro Didi. Na cobrança de penalidade, Gutierri não decepcionou e alargou a vantagem do time da casa: 3 a 1. Então, foi-se o boi com as cordas e tudo para o bom futebol. Fraco e mal postado, o Meleiro não apresentava nem de perto o futebol que o fez líder da primeira fase, enquanto a Carbonífera apenas administrava o placar.

Um lance digno de nota foi uma dividida forte entre o atacante Andrei, do Alvinegro, e o zagueiro Wágner, da equipe visitante. Sobrou sola da chuteira do defensor do Meleiro nas costelas de Andrei. Posteriormente, no fim da partida, ele foi mostrar aos colegas de equipe a marca das travas, num tom absurdo de vermelho/arroxeado. Apesar da insistência da comissão técnica para que o adversário levasse cartão, Almir considerou o lance não-intencional.

Foto meio desfocada, assim como o futebol que o time do 11 Rafael apresentou (Foto: Matheus Pereira)
O segundo tempo foi fraco, fraco, e a equipe local passou a cantar vitória por 3 a 1. Eis que surge aquele que foi o nome do jogo, o meia Maicon Ermo. Já nos tardios 46, ele serviu Andrei, que, frente a frente com Didi, bateu forte e cruzado, fazendo o quarto tento do Alvinegro na partida e enchendo de sorrisos a comissão técnica local, especialmente o "faz tudo" Amauri Madeira. Mais ainda havia espaço para mais, visto que o jogo ia até os 49.

No penúltimo minuto do tempo de jogo, Ermo - sempre ele! - roubou a bola no campo de ataque e deixou mais um companheiro na cara do gol; dessa vez foi Gutierri, que chutou no alto, bonito, sem chances para o arqueiro e ocasionou uma comemoração generalizada, dentro de campo e nas bancadas do Balsini. O futebol é emocionante, e fora do âmbito profissional é mais ainda: o patinho feio das quartas-de-final quebrou todas as CASAS DE APOSTAS e pôs um pé nas semis.

Comemoração generalizada pelo gol tardio e a consequente goleada (Foto: Matheus Pereira)
Ao fim de tudo, Bortolotto só apontou o centro de campo e foi decretado Carbonífera Criciúma 5x1 Meleiro. Vindo de duas vitórias seguidas, a equipe criciumense agora desponta como uma das prováveis semifinalistas, e o antigo líder Meleiro precisa SAMBAR para conseguir reverter tal resultado. O futebol, como diriam os saudosistas, é uma caixinha de surpresas. E agora, amigos, vai ter mais LARM sim. VAI TER MUITO REGIONAL.

Até semana que vem, com o jogo de volta de outro confronto das quartas-de-final aqui no Desprovidos. Estamos perto de finalizar nosso ano inicial, e por isso já me dói o coração - embora a emoção do Regional o reacenda -.

Abraços.


domingo, 19 de outubro de 2014

Carbonífera mostra ser um visitante indigesto para o Lauro Müller e se classifica às quartas

Fala aí.

De repente, me vi mais um dia, sob o olhar sanguinário do vigia, disposto a acompanhar uma partida supimpa pelo Campeonato Regional da LARM. E dessa vez, não economizei quilometragem: fui até Lauro Müller, distante 50km de Criciúma, onde a equipe local receberia o escrete da Carbonífera Criciúma. A peleja se daria no Estádio José dos Reis Roque e era válida pela última rodada da primeira fase do torneio, a de pontos corridos.

Uma melancólica visão do José dos Reis Roque (Foto: Matheus Pereira)
AD Lauro Müller, que foi a campo com: Augusto; Bambam, Samuel (Maicon), Bodinho e Alcione; Neném, Guilherme (Victor Hugo (Didi)), Dai e Farinha (Luiz Gustavo); Diezom e Maurício. (Foto: Matheus Pereira)
AC Criciúma, escalada com: Fabiano Borges; Dedé, Toninho, Dodi e Fá; Bruno, Ramon (Tanaka), Juca, Gutierri e Maicon Ermo; Andrei (Dael). (Foto: Matheus Pereira)
A explicação para minha debandada para a localidade mais longe da sede da LARM entre todos os clubes participantes se deve a que essa partida era simplesmente imperdível; com oito vagas nas quartas-de-final para nove clubes, apenas dois ainda disputavam a última vaga, e eram justamente os que se veriam frente a frente nesse domingo (19), sendo que nenhum dos dois ainda havia conquistado uma vitória sequer; a Carbonífera contava com três pontos vindos de empates, e o time local, com um.

Acho que a nublada Lauro Müller vale um parágrafo no texto para aqueles leitores que não são do sul catarinense. Trata-se da cidade em que está localizada a famosíssima Serra do Rio do Rastro, cartão postal catarinense e certamente uma das paisagens mais bonitas do Brasil. Depois de uma hora de estrada, localizei sem demora o estádio e me encaminhei para campo, pois a última rodada do Regional batia à porta.

Lauro Müller tenta sair para o ataque com Guilherme (Foto: Matheus Pereira)
Atletas comemoram a abertura do placar (Foto: Matheus Pereira)
O jogo já começou prometendo bastante. Os atletas não faziam lá muita questão de tirar o pé nos lances de dividida, e o clube local tentou, em vão, tomar as rédeas do confronto. Com quatro de seus titulares lesionados, a equipe não conseguiu apresentar muito perigo à meta de Fabiano no começo do jogo, e ainda viu sua rede ser balançada aos 9: Fá cobrou escanteio, Gutierri ajeitou e o volante Ramon colocou para dentro, abrindo a contagem.

Com muita reclamação de impedimento na jogada, declaradamente estava aberta a temporada de caça à arbitragem no José dos Reis Roque no dia de hoje. O auxiliar Guto Patrício era o que mais ouvia, por estar sob a TRIBUNA DE HONRA do estádio, que até agora não entendi o fim dela (a não ser se transformar no local onde os jogadores iam depois de expulsos ou substituídos).

Massagista atendendo ao jogador da Carbonífera (Foto: Matheus Pereira)
Alcione VOA para dar carrinho em Andrei - ou na bola? (Foto: Matheus Pereira)
Tudo então se amornou tecnicamente falando, muito embora as jogadas ríspidas tenham continuado frequentes. Então, num lance BEM DO NADA, enquanto este que vos escreve olhava a câmera, o gol de empate aconteceu. A equipe do Lauro Müller, por meio de Diezom, se aproveitou de lambança da defesa do Alvinegro, sendo que o atacante deixou até o goleiro Fabiano Borges a ver navios e rolou para Maurício completar para o gol vazio: 1 a 1.

O gol poderia ter inflamado o escrete local, que nadou um bocado, mas realmente morreu na praia. Sem a referência no meio, o armador Rodrigo Hoffmann, lesionado, a criatividade ficou bem escassa para o Lauro Müller, que não conseguia fazer a bola chegar até o plantado Maurício. As poucas chances de gol a favor do clube alviazul ficavam por conta das trapalhadas da defesa do Carbonífera, algumas delas dignas de programa pastelão.

Juca armando jogada em favor dos visitantes (Foto: Matheus Pereira)
Pintando cartão amarelo para Dai (Foto: Matheus Pereira)
Tanto é que o que salvava a Carbonífera era a parte da frente - que enfrentava uma defesa igualmente bizarra -. Aos 30 minutos, Andrei tratou de recolocar a equipe na frente do placar após receber cara a cara com Augusto e bater no canto. Seis minutos mais tarde, Gutierri foi quem saiu na frente do arqueiro adversário, sem grande dificuldade, e apenas jogou a pelota nas redes, 3 a 1 a favor dos visitantes sem muito esforço.

Com tantos pontapés que sobravam no jogo, era inevitável que ainda no primeiro tempo saísse uma penalidade. O curioso foi que ela surgiu quando o zagueiro Bodinho cortou um cruzamento com o braço, já nos instantes finais. Era a chance da Carbonífera fazer o 4 a 1 e praticamente sacramentar a partida já no intervalo, necessitando sofrer outros quatro tentos para cair fora. Só que o meia Gutierri desperdiçou a cobrança e o placar seguiu o mesmo.

Mais uma jogada puxada pela esquerda da equipe da casa (Foto: Matheus Pereira)
Bastante caçado, dessa vez Andrei fica caído após dividida com Guilherme (Foto: Matheus Pereira)
A etapa final nem bem chegou e o time da casa já teve uma baixa: o meia Dai viu a cor do cartão amarelo pela segunda vez e foi posto para a rua pelo árbitro Manoel Tomaz. Logicamente, então, a partida se tornou muito módica e o que mais valeu a pena mesmo foi um bom papo que bati com um colega cujo nome acabei não descobrindo. Gutierri tratou de animar a galera ao fazer linda jogada, aplicando meia-lua em dois zagueiros com um só toque, mas nos colocou na real quando desperdiçou o gol feito que se seguiu ao lance.

Com apenas dois jogadores no banco, a Carbonífera Criciúma viu seus onze de dentro do gramado tratarem de descansar e não forçar muito. O Lauro Müller se animou e buscou re-esquentar o clima do jogo - apenas metaforicamente, pois no céu o sol brilhava imponente e nos torrava sem dó neste segundo tempo. Outro que estava FERVENDO era o treinador do clube visitante, Madeirinha, que esbravejava com seus jogadores sem lembrar que estava 3 a 1 em seu favor.

Maicon Ermo com a redonda perto do círculo central (Foto: Matheus Pereira)
No entanto, o Lauro Müller finalmente teve êxito em sua tarefa de colocar fogo na partida aos 29 minutos, por meio do atacante Maurício, que aproveitou de novo erro da zaga visitante e bateu no canto, reduzindo o marcador para 3 a 2. Pela 194ª vez no confronto, aproximadamente, eu pensei "AGORA VAI!", mas, pra variar, em vão. O futebol voltou a ser praticado sem muita qualidade, com a Carbonífera segurando o placar que a classificaria.

Tendo que se lançar à frente, o Lauro Müller acabou deixando a defesa desguarnecida. Num desses lances quando já eram 40 minutos, Maicon Ermo fez bonita jogada, invadiu a área e bateu no cantinho de Augusto: 4 a 2. A partir de então, todos sabíamos que tudo já estava finalizado, e foi preciso apenas esperar novos oito minutos para o apito final; não sem antes Maicon Ermo perder a chance de fazer o quinto.

Desesperado, o Lauro Müller se lançou ao ataque (Foto: Matheus Pereira)
Maicon Ermo veio comemorar seu gol no banco de reservas (Foto: Matheus Pereira)
Ao fim de tudo, o apito de Manoel Tomaz decretou a classificação do Alvinegro criciumense com o placar de Lauro Müller 2x4 Carbonífera Criciúma. O time da casa deu adeus à competição e foca agora na LARM de 2015 - como uma equipe que acabou de ascender à elite, tem muito ainda a evoluir. Já à Carbonífera, que abocanhou a última vaga, resta a pedreira de encarar o Meleiro, que sobrou na liderança do Regional e é tido como um dos favoritos ao título.

Agora, restam apenas os oito primeiros escudinhos (Foto: Matheus Pereira)
Como eu já havia antecipado semana passada, parece realmente que o negócio tá afunilando. Estamos nos encaminhando para a decisão do 66º Campeonato Regional da LARM. Logicamente, tudo aparecerá por aqui. Vamos, arriba y avante. Tudo que vier a gente estará lá.

Ah, e o Campeonato Sul-Brasileiro tá chegando. Alguma dúvida de que o Desprovidos irá cobrir?

Abraços.

sábado, 11 de outubro de 2014

Caravaggio aproveita força da torcida e goleia o Cocal do Sul

E aí.

Como de praxe, me fiz presente mais uma vez numa partida do maravilhoso Campeonato Regional da LARM. Encarei a chuva iminente e me dirigi até o Estádio da Montanha, no distrito de Caravaggio, em Nova Veneza, onde o clube local e homônimo receberia o esquadrão do Cocal do Sul pela oitava rodada do certame. Vale ressaltar que as duas equipes já entraram em campo classificadas para as quartas-de-final.

Por trás do alambrado, explodem os foguetes que decretam a entrada dos atletas em campo (Foto: Matheus Pereira)
Ramon e Dudu, do Cocal do Sul, prontos para o início da partida (Foto: Matheus Pereira)
Cheguei ao campo em cima da hora, portanto, dessa vez, sem fotos oficiais, infelizmente. Mesmo assim, trago os jogadores que foram a campo neste sábado (11) aqui:

Caravaggio FC - Pedro Paulo; Elissandro, Maicon (Roberto), Tijolo e Muca (Fusca); Júnior (Betão), Ivan, Tiago Renz e Juninho (Renan); Rudinei (Lucas) e Kanu.

AA Cocal do Sul - Rafael; Chumbo (Renan), Wilson Sabão (Marcelo Diniz), Shayder e Vitinho; Marquinho, Jeff, Bolinho (Artur), Dudu e Anderson Butiá (Guilherme Praia); Ramon (Léo).

Os quase 300 torcedores presentes no maior distrito da região sul-catarinense estavam esperando uma partida digna do atual campeão estadual de amadores e segundo colocado da tabela do Regional. Já os poucos apaixonados que vieram de Cocal do Sul para a partida esperavam uma surpreendente vitória para a equipe subir na tabela - era o 6º colocado.

Muca tenta fazer jogada de linha de fundo, marcado de perto pelo adversário (Foto: Matheus Pereira)
Árbitro Almir Bortolotto repreende Juninho (Foto: Matheus Pereira)
Recebida por uma bonita chuva de foguetes, a equipe local foi bastante festejada ao entrar em campo na Montanha. Talvez tentando embalar-se pelos torcedores, o Caravaggio desde o início foi tomando as rédeas da partida, investindo bastante na posse de bola, com seu talentoso meia Tiago Renz, o veloz Juninho e o estreante Ivan. Acanhado, o Cocal do Sul buscava respirar nas jogadas pela direita com os AUDAZES Chumbo e Bolinho.

Enquanto isso, do lado oposto à arquibancada, chegavam uns espalhafatosos torcedores cocalenses, que chegaram a soltar um rojão que a todos assustou, embora não tenha passado disso. O Carava, aos poucos, passou a investir nas jogadas pela esquerda, com o camisa seis Muca, que armava bons lances para Kanu, o centroavante de passadas largas.

Dividida perto da lateral do campo (Foto: Matheus Pereira)
Aos poucos as chances mais claras de gol resolveram dar o ar da graça, e quando o cronômetro marcava 28 minutos, após dividida na área, o árbitro Almir Bortolotto marcou um penal a favor do time da casa que gerou muitas dúvidas. Para o treinador Barroso, da equipe visitante, a marcação foi mentirosa e o mesmo vociferou "hoje até que demorou pra favorecer hein? 30 minutos? Recorde!". Bom, quem não teve nada a ver com isso foi o atacante Kanu, que converteu a penalidade e abriu o placar.

Kanu comemora com seus companheiros o primeiro gol da tarde (Foto: Matheus Pereira)
Sorridente, Bortolotto cumprimenta atleta do Caravaggio (Foto: Matheus Pereira)
O feroz comandante, porém, concentrou todos os seus protestos no auxiliar Crescêncio Tomaz. Foram marcados, aproximadamente, uns sete impedimentos contra o ataque do Cocal do Sul no primeiro tempo, e Barroso frequentemente saía de sua área técnica para dizer uns desaforos ao bandeirinha. O presidente da LARM, que estava "quebrando um galho" como delegado da partida, não se importava muito; afinal o GÊNIO do treinador é este mesmo.

Lutando contra ou o mau posicionamento de seus atacantes ou a falta de calibragem do auxiliar, o Cocal acabou não sendo um adversário muito atuante para o time da casa na primeira etapa. Contudo, mesmo após o gol sofrido, conseguia se segurar bem na defesa e impedir que o placar fosse ainda mais alargado. O tempo foi passando e a fina chuva que caía desapareceu; a primeira etapa também se esvaiu no 1 a 0.

Chumbo, com a bola, marcado de perto por Júnior (Foto: Matheus Pereira)
Lance perto da lateral, já no segundo tempo (Foto: Matheus Pereira)
Aí, amigos, no segundo tempo a porteira visitante se abriu. Mesmo tendo feito apenas uma mudança no intervalo, o Carava voltou melhor e com uma postura mais eficiente psicologicamente falando. Sério e sem dar muitas chances aos visitantes, que saíam para o jogo como podiam, deixando a defesa INDEFESA. E a equipe local não tardou muito a aproveitar a vantagem na apresentação deste sábado.

Aos 11 minutos, após falta marcada, Ivan (Caravaggio) e Jeff (Cocal) se estranharam e viram o cartão amarelo. O problema foi que persistiram no erro e continuaram a discussão, sendo postos para a rua pelo árbitro da partida. É importante ser citado que o atleta do Carava fazia sua estreia. Bom, menos mal para o escrete local que, na cobrança da falta, o bom Tiago Renz acertou o ângulo, marcando seu terceiro de falta no Regional: 2 a 0.

Enquanto os encrenqueiros deixam o gramado... (Foto: Matheus Pereira)
...os jogadores do Caravaggio comemoram gol de falta de Renz (Foto: Matheus Pereira)
A partir de então, o clube local passou a exercer forte pressão sobre os visitantes, conseguindo o terceiro tento apenas seis minutos mais tarde. O atacante Rudinei foi lançado, completamente sozinho, e bateu na saída de Rafael, marcando o 3 a 0. Mais uma vez o treinador do Cocal do Sul quase protagonizou cenas lamentáveis ao sair de sua área a pinotes e desferir LAMÚRIAS ao auxiliar que não assinalou um possível impedimento do camisa 11 azul.

Os chefes Barroso e Maurílio Gralha então mexeram bastante nas equipes, um buscando um improvável empate e outro tentando garantir a vitória. Quando chegava, a equipe do Cocal do Sul desperdiçava as finalizações, que passavam praticamente todas sobre a meta de Pedro Paulo. Nas cobranças de falta, por outro lado, a pelota morria nos braços do arqueiro.

Rudinei bateu na saída de Rafael e foi só correr para o abraço (Foto: Matheus Pereira)
Dudu dá passe para o lado sob olhares atentos de Tiago Renz (Foto: Matheus Pereira)
Um desses que entrou na partida foi o zagueiro Roberto, da equipe da Montanha, no lugar de um Maicon com cãibras. Acontece que no PRIMEIRO lance do cidadão ele comete pênalti, claríssimo, e vê um cartão da cor amarela. Na bola, Dudu, o 10 do Cocal do Sul - que não vivia uma tarde feliz -, podendo começar ali uma absurda reação. No entanto, a finalização do atleta parou nas luvas de Pedro Paulo, que depois foi somente sorrisos.

Quando o cuco cantava na marca dos 36 minutos, Lucas recebeu na esquerda em contra-ataque do time da casa, limpou o zagueiro e estufou as redes de Rafael para fazer um insano 4 a 0 a favor do Caravaggio. Já desesperado, o time visitante se lançou à frente e continuou isolando chute seguido de chute, especialmente com o já desestabilizado Dudu. Mas, de tanto tentar, uma hora a bola entra.

Pedro Paulo pós-pênalti defendido (Foto: Matheus Pereira)
Wilson Sabão, zagueiro visitante, sendo atendido fora de campo (Foto: Matheus Pereira)
Essa hora chegou aos 42 minutos, com Guilherme Praia. Certo de que o gol não serviu mais do que de consolo, o atleta apenas levou a bola até o meio e a comemoração foi inexistente. O futebol parou por aí, mas vale ser citado que, quando o jogo já estava prestes a chegar ao fim, a chuva apertou de forma violenta e absolutamente inesperada. No fim das contas, eram seis a se acumular sob a catutinha do delegado da partida; eu, dois repórteres, os dois maqueiros e o próprio delegado.

Mas, sobre futebol mesmo, ficou nisso aí: Caravaggio 4x1 Cocal do Sul. Na última jornada do certame, o time de Nova Veneza visita o Itaúna buscando manter a vice-liderança, que pode ser roubada pelo Mãe Luzia, que por sua vez enfrenta o Cocal do Sul. Tá quase tudo decidido: a última vaga nas quartas-de-final sairá no confronto entre Lauro Müller e Carbonífera Criciúma, justamente as únicas esquadras que ainda lutam por ela.

Placar da partida apontando o marcador final (Foto: Matheus Pereira)
E a primeira fase do Regional tá acabando, amigos. Tudo vai ficar bom no mata-mata, porque aí é que separamos os hombres dos muchachos. Enquanto não caia do céu a possibilidade de cobrirmos outras competições, é o que temos aqui pro Desprovidos, amigos. A festa não pode parar. Por isso, até mais ver.

Abraços.

sábado, 4 de outubro de 2014

Mãe Luzia e Itaúna fazem jogo atrasado da primeira rodada em tarde agradável

Saluton.

Neste sábado, dia 04, antes de presenciar o reencontro do Criciúma EC com a vitória, fui até o bairro Mãe Luzia, na divisa de Criciúma com Forquilhinha, onde prestigiaria, no Estádio Dr. Olavo de Assis Sartori, o confronto entre a equipe local e o clube sideropolitano do Itaúna. A peleja era válida ainda lá pela longínqua primeira rodada do Campeonato Regional da LARM. Foi adiada três vezes até ser enfim jogada (ufa!), neste fim-de-semana de eleições.

EC Mãe Luzia, que foi a campo com: Júlio César; Cleiton, Genilson e Pipoca (em pé); Bidiga, André Gaúcho, Dido, Romennig, Biá e Everton Boff (agachados) - Marcelo Cunha ficou de fora da foto pois dava entrevista (Foto: Matheus Pereira)
Itaúna AC, que esteve com: Leon, Vitinho, Dal, Juba, Alisson Ronchi e William (em pé); Rafael, Dieguinho, Rodrigo, Bomba e Tiago(agachados) (Foto: Matheus Pereira)
Vale ressaltar que esse foi meu retorno ao Regional da LARM após duas semanas afastado, e devo confessar que já estava com saudades do mais querido. Este fim-de-semana, aliás, só tivemos duas partidas pelo certame: essa, válida ainda pela primeira rodada, e o embate entre Meleiro e Forquilhinha, que por sua vez representou a nona rodada - que terá seu término no próximo fim-de-semana.

O vento se fez presente também neste sábado, e um bocado forte, tipicamente de primavera. Apesar disso, o clima estava agradável, com o sol radiante, embora não estivesse tão quente. Tão agradável estava, que juntamente comigo foi mais uma vez a Pupella, que contribuiu com uma imagem do post. Estava tudo conspirando a favor de minha volta aos gramados da região mineira (inclusive o re-adiamento do confronto, que seria terça a noite - impossível de ser coberto - mas as chuvas impediram).

Árbitro Almir Bortolotto conversa com os capitães das equipes (Foto: Matheus Pereira)
Já com a bola rolando, Leon busca ataque (Foto: Matheus Pereira)
Em campo, jogando a favor do vento, o Itaúna começou a partida melhor que o time da casa. A equipe de Siderópolis se impôs, marcando a saída de bola do Mãe Luzia e criando boas jogadas de ataque, por vezes, porém, atrapalhadas pelo vento, que empurrava a pelota em direção à linha de fundo. O Mãe Luzia tentava, aos poucos, sair para o ataque e fazer valer o fator mandante, mas parava no erro do último passe.

Quando seu camisa 10, Everton Boff, resolveu colocar o pé na forma, porém, o clube começou a criar mais chances. O Itaúna, por sua vez, continuava descendo ao ataque na base da velocidade. Num lance perto dos 15 minutos, Pipoca pelo time da casa e Juba pelos visitantes se ENROSCARAM, e houve acusações de cotovelaço do primeiro. O árbitro, no entanto, preferiu advertir ambos com cartão amarelo e ficou nisso.

Boff e Vitinho disputam a bola no meio do campo (Foto: Matheus Pereira)
Juba atirado no gramado depois do lance acima citado (Foto: Matheus Pereira)
Minutos mais tarde, porém, Romennig se aproveitou de bobeira na volância do time visitante e roubou a bola, largou para Everton Boff e este cruzou na medida para Biá entrar de peixinho na área e dar cabeçada violenta para o fundo das redes, inaugurando o placar do Olavo de Assis Sartori: 1 a 0. Após o gol, o time da casa embalou e seguiu em cima, criando boas oportunidades de gol com seu centroavante Romennig, e o próximo tento poderia estar perto de sair.

Biá (E) comemora seu gol olhando para as lentes do Desprovidos (Foto: Matheus Pereira)
E ele estava. Quando o cronômetro do árbitro marcava 29 já jogados, o lance se construiu pelo mesmo local que o primeiro gol: bola pelo lado direito, forçando sobre o lateral-esquerdo Rodrigo, do Itaúna. Após cruzamento, o volante Dieguinho colocou contra o próprio patrimônio e alargou a vantagem do time da casa. O auxiliar, porém, invalidou o gol, alegando impedimento do atacante do Mãe Luzia que receberia a bola - embora houvesse ocorrido a interceptação.

Mesmo assim, sem hesitação alguma o árbitro Almir Bortolotto validou o gol, para algumas reclamações dos atletas do clube azul e branco. Com isso, o 2 a 0 estava garantido. Mesmo com a vantagem, o clube-panfleto de patrocínios seguiu em cima e perdeu boa chance de ampliar com Romennig. O Itaúna tentou sair mais para o jogo, embora pecasse na finalização. Pragmático, o jogo foi se LOUQUEANDO.

Pipoca dá belo passe de peito (Foto: Matheus Pereira)
Jogadores preparados para a cobrança do penal (Foto: Matheus Pereira)
Entretanto, no APAGAR DAS LUZES da etapa inicial, mais precisamente aos 47, Rafael foi derrubado por trás dentro da área, e sem pestanejar o juiz assinalou a penalidade, que nem foi muito reclamada pelos atletas do Mãe Luzia. Dal, o artilheiro do Itaúna e um dos artilheiros do Regional, converteu a cobrança e diminuiu o placar em favor dos visitantes, com Bortolotto encerrando o primeiro tempo logo em seguida.

No intervalo, tive uma FALHA TÉCNICA, com minhas já famigeradas pilhas. Sempre troco-as no intervalo, porém, como já estão velhas, dessa vez o par que levei de reserva resolveu simplesmente não funcionar, e com isso, fiquei sem foto alguma da etapa final! Peço perdão aos acompanhantes do blog pelo ocorrido, mas postarei fotos da primeira etapa agora, no relato do segundo tempo (e prometo comprar pilhas novas).

Atletas aguardam cobrança de falta de Rodrigo (Foto: Matheus Pereira)
O escrete visitante começou o segundo tempo a todo vapor, e logo aos 2 minutos a equipe conseguiu igualar o marcador. Em lance rápido de ataque, o meio-campista Leon pôs a pelota no fundo das redes e correu para o abraço com seus companheiros de equipe: dois a dois. Então o Itaúna se animou. Foi para cima do Mãe Luzia, conseguindo pressionar no campo de ataque a equipe local e buscando incessantemente a virada.

Contudo, quando o time se LARGA pra frente, as costas ficam desguarnecidas. E foi num lance assim, de contra-ataque, que o time da casa chegou aos 10 minutos. O centroavante Romennig aproveitou lançamento milimétrico e, cara a cara com o goleiro William, bateu com força e recolocou o time da casa na frente no placar de 3 a 2. Depois do gol, me retirei de dentro do campo e fui assistir o restante do segundo tempo no banquinho que havia do lado de fora.

Devido à falta de espaço na lateral, por vezes o bandeirinha tinha de correr dentro do gramado (Foto: Matheus Pereira)
Jogada no meio de campo (Foto: Matheus Pereira)
Aí então, pareci ter dado azar aos 22 jogadores em campo. O jogo se tornou deveras chato, com o Itaúna tentando se lançar ao ataque às calmas, sem ser impetuoso, e se atrapalhando nos muitos erros de passe e no vento, que agora jogava contra. O Mãe Luzia, também procurando evitar estressar seu sistema nervoso, jogava metodicamente, relaxado e esperando o adversário chegar. Salvo alguns lances esparsos, esse momento nunca ocorreu.

E enquanto saboreava os quitutes da Lanchonete Souza, acoplada ao Estádio Dr. Olavo de Assis Sartori, acabei me distraindo com o fraco segundo tempo e prestando mais atenção num cachorro, que percorria a lateral com imensa alegria, acompanhando a trajetória da bola. Vale ressaltar que ele esteve ali simplesmente a partida INTEIRA; haja fôlego canino pro cidadão aguentar o esforço.

Romenigg protesta por uma marcação de falta (Foto: Matheus Pereira)
Simpático dogue observa a movimentação da cancha (Foto: Pupella Cardoso)
O vento voltou a soprar forte, e o placar, por sua vez, não tornou a alterar: ao final da peleja, tudo apontava para Mãe Luzia 3x2 Itaúna. O clube verde e branco volta a figurar entre os primeiros da tabela, enquanto o Itaúna só segue despreocupado pois está bem a frente do último colocado - o único que não se classifica às oitavas-de-final -, com seis pontos de diferença, embora apenas uma posição à frente.

A pedidos dos mesmos, segue aí a foto da torcida presente no estádio (Foto: Matheus Pereira)
Seguimos na luta, ainda que sem tanto tempo e oportunidade de cobrir partidas aqui e acolá, mas, amigos, o Desprovidos não para. Semana que vem tem mais Regional. Quanto a outros torneios, cansei de prometer e não cumprir, embora minha vontade seja de que TUDO seja coberto por aqui. Agradeço às leituras nessa nova aventura.

Brakumoj.