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sábado, 11 de abril de 2015

BAC faz valer o favoritismo, vence na Barra da Lagoa e segue invicto

Fala aí!

Dando prosseguimento ao nosso anuário de pelejas nesse solo BARRIGA-VERDE, de volta a Florianópolis prestigiei mais uma vez um confronto da nossa Copa Interligas. Dessa vez, fui até a bela Barra da Lagoa, onde se encontrariam os locais do Barrense diante do BAC, de Biguaçu, em desafio válido pelo Grupo B do torneio. Me dirigi até o Estádio José Severino Vieira sob uma presença estonteante do astro-rei, num dia daqueles de calor enlouquecedor.

Barrense FC, que jogou com: Thiago; Naércio, Gui, Andrey e Ademar (Filipe Botelho); Nino, Thiago Souza (Joel), Coruja e Caio (Flávio); Lipe e Diego (Fabrício). (Foto: Matheus Pereira)
Biguaçu AC, o BAC, em campo com: Deivid; Ruan Santos (Lucas), Ruan Kresch, Tiziu e Riva (Fael); Higor, Juninho (Paulo Victor), Tiago Valderrama (Diego) e Marcelo Fattori; Dão e Elivélton (Foto: Matheus Pereira)
Trio de arbitragem composto por Gabriel dos Anjos Kretzer, Renê Gilberto Franzen Filho e Geraldo Rodrigues, além dos capitães das equipes (Foto: Matheus Pereira)
Juntamente à minha pessoa, a trinca formada por Lucas, Amanda e Pupella me acompanhou até a saga na barra. Na ida, o já conhecido caótico trânsito na Lagoa da Conceição esteve tragável, reservando as más experiências apenas para o trajeto de volta da peleja. O maior empecilho da tarde foi, realmente o calor, que nos torrava em níveis estratosféricos. Vale ressaltar que foi a primeira vez que vi um confronto em Floripa com sol.

A postos, aguardei o começo do confronto que, se vencido pelos visitantes, serviria apenas para confirmar o inevitável, que seria a classificação à segunda fase daquele que vem demonstrando ser o melhor time do grupo. Já ao Barrense, era a chance de se impor e, se não assustar o João Paulo II na briga pelo segundo lugar, se tornar uma das duas equipes que passam à segunda fase por índice técnico.

Sozinho entre três, Naércio se lança ao ataque (Foto: Matheus Pereira)
Sob olhares atentos de seu marcador, Caio carrega a bola (Foto: Matheus Pereira)
Com a bola rolando, o Barrense pareceu estar jogando a partida da vida - era o último jogo em casa da equipe na primeira fase -, embora o BAC demonstrasse a razão de estar ocupando disparadamente o primeiro lugar. Organizado, o time conseguiu neutralizar os mandantes no início do jogo, e aos poucos foi tornando-se superior, causando transtorno à defesa local logo nos primórdios, com um lance polêmico.

Após lançamento, Ademar ajeitou meio de coxa, meio de panturrilha para o goleiro, que sem pestanejar agarrou com as mãos. Gabriel Kretzer prontamente apitou, marcando recuo de bola e ocasionando muita reclamação por parte do time da casa. Mas ao consultar seu auxiliar, subitamente mudou de ideia e voltou atrás na marcação. Aí os protestos mudaram totalmente de lado, e a orelha do mediador do confronto já começou a ficar quente.

Muita reclamação com o árbitro da partida (Foto: Matheus Pereira)
Higor em investida do BAC no ataque (Foto: Matheus Pereira)
Melhor em campo, o clube de Biguaçu seguiu em cima: Elivélton acertou a trave em chute cruzado ainda na primeira quinzena da partida; o zagueirão Tiziu também assustou, em forte cabeçada após cruzamento para a área. Todavia, conforme a metade da primeira etapa foi se aproximando, o time da capital catarinense passou a equiparar as forças em campo e ser semelhantemente VORAZ. A chance "mais perdida" da metade inicial, porém, foi do clube verde e preto.

Depois de boa jogada pela esquerda, a bola foi jogada na área num cruzamento rasteiro, e o volantão Higor, totalmente livre, ao tentar acertar um carrinho, acabou jogando a pelota pela linha de fundo. Refletindo o que estava em jogo para o Barrense, eram constantes as discussões entre os atletas da equipe em campo. Uma delas, mais acalorada, envolveu o goleiro Thiago e o volante Thiago Souza. O capitão Gui precisou pedir calma para ambos.

Atacante Elivélton voa para evitar carrinho de Gui (Foto: Matheus Pereira)
Jogada no meio-campo (Foto: Matheus Pereira)
Talvez os ânimos exaltados tenham empolgado o time da casa, que resolveu crescer em campo quando a ampulheta já estava perto de virar totalmente. Numa das boas chegadas, o meia Coruja arriscou e obrigou bonita defesa de Deivid em dois tempos, arrancando suspiros da torcida presente no estádio - que, até então, estava mais ocupada em reagir às marcações de Gabriel dos Anjos Kretzer. O árbitro assinalou o fim da primeira etapa e o placar permanecia zerado.

Mais uma disputa pela bola entre atletas das equipes (Foto: Matheus Pereira)
Com a advinda do segundo tempo, as polêmicas pareciam ter se multiplicado. E não tardou para chegar-se a tal conclusão; enquanto eu terminava de tomar meu refrigerante comprado no intervalo, numa falta bastante contestada pelo BAC, o Barrense tentou fazer jogada ensaiada, e não deu certo. Mas cerca de um minuto depois, após bola cruzada, o atacante Elivélton dominou mal e a bola pegou em cheio na mão aberta de Gui; pênalti assinalado pelo juiz.

Na bola, o maestro Marcelo Fattori não desperdiçou, abrindo a contagem no José Severino Vieira: 1 a 0. Não é preciso nem dizer que as reclamações por parte do Barrense foram veementes, devido a marcação do contestado pênalti. Na visão deste humilde repórter, ele foi incontestável, mesmo não existindo a intenção do zagueiro em cortar a bola. Mas, a partir daí, os protestos por parte do time da Barra da Lagoa foram aumentando gradativamente.

Jogadores comemoram o tento de Marcelo (Foto: Matheus Pereira)
Nino faz inversão de bola (Foto: Matheus Pereira)
Toda e qualquer dividida era a faísca necessária para a explosão acontecer. Gabriel dos Anjos Kretzer, de tanto ouvir, acabou tendo uma arbitragem pra lá de confusa, errando lances bobos e entrando em discussões com jogadores. Na base da GARRA, o Barrense buscava o gol, enquanto a equipe de Biguaçu, em busca da réplica, achava uns contra-ataques que deixavam o goleiro Thiago de cabelo em pé.

O futebol mesmo só voltou a acontecer no final da partida. Com o jogo bastante aberto, as duas equipes chegavam perto de balançar as redes. O atacante Diego, lá pelos 42, perdeu excelente chance em favor do BAC; a bola sobrou limpinha para ele na entrada da área, mas o chute rasteiro tirou tinta da trave direita de Thiago. As respostas, ao contrário do primeiro tempo, vinham na mesma moeda.

Imediatamente após dividida na lateral, Lucas pede a posse (Foto: Matheus Pereira)
Partida parada para atendimento ao capitão Higor (Foto: Matheus Pereira)
Depois de uma bonita jogada, a chance de ouro do Barrense na partida esteve nos pés do incansável lateral Naércio, que se infiltrou na área e pegou de primeira, com a bola igualmente passando rente ao poste. Já nos acréscimos, o time da casa ainda teve a baixa do volante Nino, que deu carrinho no meio do campo, viu o segundo amarelo e foi expulso. Sem reclamar, saiu e viu do vestiário o apito final do jogo, decretando o placar de Barrense 0x1 BAC.

A grande bola de fogo nos torrava sem piedade (Foto: Matheus Pereira)
Garantido nas quartas-de-final, o BAC, que deitou e rolou nessa primeira fase do Grupo B, ainda cumprirá tabela diante do também garantido João Paulo II, de Palhoça. Quanto ao Barrense, resta vencer a última rodada, contra o Varginha, e ativar o secador contra Unidos, Gaviões de Ouro e - principalmente - Cerâmica Silveira. Desses quatro times, dois classificar-se-ão por conta do índice técnico.

Pegamos um trânsito infernal na volta para casa; a Lagoa no verão é algo amedrontador. Mais atrasado que imaginava, cheguei ao meu lar já pronto para o próximo compromisso do Desprovidos. Maravilhoso é poder fazer tudo isso por prazer. Vejo vocês na próxima.

Abração.

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