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sábado, 2 de maio de 2015

Melhor que Premier League: Atlético Catarinense goleia afoito Arsenal pela Copa Floripa

Buenas.

Como disse no último post, tentaríamos fazer debutar no blog uma nova competição esse fim-de-semana. Conseguimos. Nesse sabadão (02), fui até o bairro do Saco dos Limões, pertinho de casa, onde, no Estádio Aldo Silva, que fica junto à rodovia Beira-Mar Sul, peleavam Atlético Catarinense e Arsenal - não o de Londres, mas o de Costeira de Pirajubaé. O confronto era válido pela primeira fase (oitavas-de-final) da Copa Floripa.

CA Catarinense, com apenas onze jogadores presentes: Claudinei; Maicon, Bruno, Sandro e Daniel; Niltinho, Luizinho, Marcelinho e Maricá; Vini e Nandinho (Foto: Matheus Pereira)
Arsenal FC, que jogou com: Mael; Samuca, Anderson, Sessenta e Dênis (Maicon); Lelo, João (Dudu), Dario e Lindolfo; Giovani (Cleiton) e Ruan (Odair). (Foto: Matheus Pereira)
Trio de arbitragem, composto essa tarde por Fernando Henrique de Medeiros Miranda, Fabiano Coelho da Silva e Juan Leandro dos Santos, além dos capitães das equipes (Foto: Matheus Pereira)
Juntamente ao Lucas, morador do bairro da peleja e mais uma vez parceiro de blog, me encaminhei para o Aldo Silva, estádio que fica numa área sensacional, entre a rodovia e a parte residencial. Os torcedores do Arsenal - recém-ascendido da terceira à segunda divisão de Floripa - eram maioria no local, e viram o Atlético Catarinense trazer à peleja apenas onze jogadores. Dos dezoito relacionados, sete furaram.

A Copa Floripa, que reúne 16 equipes e tinha a partida de hoje como jogo de ida de uma das oitavas-de-final, dá ao vencedor uma vaga na Copa Interligas, e reúne equipes de primeira à terceira divisão do Municipal de Florianópolis. Ambas as esquadras faziam sua estreia oficial em 2015; o Arsenal disputou o Torneio Sul da Ilha, que era apenas de âmbito amistoso, enquanto o Atlético apenas aguardava o início da Copa e posteriormente da primeira divisão municipal.

Jogador do Atlético recebe no meio, com as belas montanhas ao fundo (Foto: Matheus Pereira)
Maicon, do Atlético, e Giovani, do Arsenal, disputam bola na lateral (Foto: Matheus Pereira)
Com os jogadores das próprias equipes ainda se conhecendo, o começo da partida foi bem cadenciado. As chances de gol não eram tão escassas, visto que falhas na defesa acabavam sendo constantes; no entanto, a falta de ritmo também ficou evidente. Lindolfo, do Arsenal, logo no princípio entrou sozinho na área, mas demorou demais para finalizar e foi travado. No escanteio que se seguiu, a bola sobrou para Lelo, que mandou a bola para longe.

Superiores, os GUNNERS não conseguiam transformar maior volume de jogo em qualidade nas chegadas. Com isso, logo em seguida o Atlético Catarinense equilibrou tudo na partida, e, ao contrário do seu adversário, conseguiu reverter a vantagem em tento. Depois de falta na entrada da área, o camisa 10 Maricá bateu no cantinho, sem chance para o goleirão da equipe rubra: 1 a 0.

Maricá comemora com seu companheiro de equipe a abertura de placar (Foto: Matheus Pereira)
Dividida no meio-campo (Foto: Matheus Pereira)
Depois do gol, o Arsenal tentou novamente se impôr em campo, mas sofria do mesmo problema: até chegava, mas assustar que é bom, nada! O camisa 9, Ruan, logo após a abertura do placar chegou cara a cara com o goleiro Claudinei, porém finalizou fraquinho, fraquinho, sem assustar o arqueiro. Pouco depois, em cruzamento na área, Giovani e Lelo se atrapalharam na hora de definir e desperdiçaram grande chance.

Ao Atlético, que praticamente assistia ao jogo, restava buscar aproveitar as oportunidades que apareciam, ao contrário do povo lá da "coshtêra". Em sobra de escanteio, Sandro teve a chance, com o goleiro batido, mas o defensor do Arsenal salvou sobre a linha. Com a qualidade da partida pra lá de Bagdá, nem às botinadas os atletas recorriam, e o finzinho do primeiro tempo acabou se arrastando.

Descida do Arsenal ao ataque (Foto: Matheus Pereira)
Dênis preparado para cobrança de falta em favor dos visitantes, já na etapa final (Foto: Matheus Pereira)
Mas quando ele chegou, foi bastante contestado pelos atletas visitantes, visto que o apito foi dado no meio de um contra-ataque. Muito irritado, o lateral Dênis saiu proferindo desaforos ao árbitro Fernando Henrique Miranda, e quando seu treinador o tentou conter, também teve de ouvir o irritado lateral.

No intervalo, chegou a vez da decepção deste que vos fala. A LIFF (Liga Florianopolitana de Futebol) simplesmente NÃO LIBEROU a relação de jogadores para que eu anotasse ou fotografasse. Segundo o delegado, foi instrução da Liga, para evitar possíveis irregularidades que eu visse a notar. Bem estranho. Aí, eu e o Lucas tivemos que correr entre os bancos de reservas para descobrir os nomes dos jogadores. Acontece que era a primeira partida dos times, e eles simplesmente NÃO SE CONHECIAM; o treinador do Atlético, por exemplo, sabia o nome de três e tivemos de perguntar a cada um no fim da partida.

Samuca cobra lateral pelo Arsenal (Foto: Matheus Pereira)
Vini, frente a frente com o goleiro, desperdiçou (Foto: Matheus Pereira)
Se foi má vontade do delegado da partida ou rigidez desnecessária da LIFF, eu não sei, mas esqueci do ocorrido e fui para o segundo tempo, que começou bem mais animado. Com espaços absurdos de ambos os lados, era notório demais que o placar se alargaria na etapa final. Poderia ser logo no comecinho, quando o atacante Vini, do Atlético, recebeu frente a frente com o goleiro, perfeito para finalizar com a canhota, mas cortou para a perna direita e bateu para fora.

Pouco mais tarde, foi a vez do Arsenal responder, com zagueirão Sessenta, que limpou e finalizou de longe, para fora. Mas a tarde era mesmo do Atlético Catarinense. Aos 12, no quatro contra três lá na frente, a equipe tinha tudo para ampliar a contagem, até que o goleiro Mael simplesmente SE ATIROU sobre Marcelinho. Pênalti, que foi cobrado pelo excelente atacante Nandinho, e convertido: 2 a 0.

Fernando Miranda aplica amarelo para o goleiro, encoberto pelo companheiro de equipe (Foto: Matheus Pereira)
Lindolfo com a bola, sendo observado de perto por Daniel (Foto: Matheus Pereira)
O Arsenal tentou mexer seus pauzinhos com duas substituições após o gol sofrido, mas o time desanimou totalmente com o 2 a 0 no placar. O time da casa não encontrava nenhuma objeção para percorrer todo o caminho até a área adversária, e custou pouco mais de cinco minutos para que as redes fossem novamente balançadas. De forma fácil, Maricá chegou cara a cara com Mael e assinalou o terceiro no marcador.

A equipe visitante tinha alguns espasmos, como no chute de longe feito por Dudu que obrigou Claudinei a defender em dois tempos. Mas, em suma, era inoperante. O auxiliar-técnico já queria tirar o time de campo, e muitas vezes mandava seus atletas se concentrarem na defesa, se não, "vai ser 6 ou 7". Porém, quando todos menos esperavam, Cleiton, que havia entrado há pouco no Arsenal, aproveitou escanteio e pôs pra dentro: 3 a 1.

Jogada de ataque do Arsenal (Foto: Matheus Pereira)
Sandro cabeceia após levantamento na área (Foto: Matheus Pereira)
Na comemoração, o jogador, que era um dos mais festejados pelos torcedores do clube da Costeira, foi chamado de "BEBEZINHO DA TIA" por, provavelmente, sua tia, que dava um banho de como torcer no Aldo Silva. Genial. Alvoroçada pelo gol, a equipe visitante seguiu em cima, e ocasionou o lance mais inacreditável da pugna pouco depois, quando a bola bateu na trave, o goleiro Claudinei saiu mal do gol, e tudo mais de "quase" que possa ser imaginado, mas a pelota não ultrapassou a linha.

Mas o Atlético era mais time. Aos 36 minutos, Nandinho, o nome do jogo, fez jogada espetacular e serviu Vini, que só empurrou para as redes e decretou o 4 a 1. Ainda tinha tempo para mais, e o centroavante da equipe da casa quase marcou seu segundo; afobado, o goleiro Mael saiu mal do gol, fora da área, e deixou que Nandinho o driblasse. Todavia, o jogador ainda tentou mais um corte, dando a possibilidade do arqueiro se recuperar. No fim, tudo ficou do mesmo jeito: Atlético Catarinense 4x1 Arsenal.

Vini e Nandinho comemoram o gol final do confronto (Foto: Matheus Pereira)
As belas montanhas do continente são uma excelente paisagem; pena que hoje o clima não estava tão aberto (Foto: Matheus Pereira)
A estreia do Desprovidos na Copa Floripa não podia ser melhor: dois clubes e um estádio novos na listinha, além de termos saído da monotonia de redes balançadas: nas últimas quatro partidas, haviam acontecido apenas dois gols. E também serviu como um bom aperitivo, pois nesse fim-de-semana teremos a primeira rodada dupla de 2015, e amanhã a sua, a nossa Interligas está de volta!

Até lá.

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