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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Metropolitano é derrotado pelo Turvo em casa e perde 100%, mas ainda levanta a taça da Copa Sul

Daí!

O domingo chegou, e como diversos habitantes do sul de Santa Catarina afim de fazer um pequeno turismo, rumamos à Nova Veneza. Mas o motivo de estarmos lá era outro; no Estádio Darci Marini, o que mais vezes o Desprovidos visitou, o Metropolitano recebia o Turvo para a partida que era a grande decisão da Copa Sul dos Campeões. Na quinta-feira, no extremo sul do estado, em Turvo, o Metrô havia goleado por 3 a 0 e somente um desaire tiraria o título da equipe.

GE Metropolitano, jogando com: Passarela; Genison, Cleiton, Willian Barcelos e Ricardinho (Igor); Filipe, Will, Dudu e Luan (Bruno Frigo); Foguinho e Jean Filipe (Borrachinha). (Foto: Matheus Pereira)
Turvo AC, que foi a campo com: Evandro; Rodrigo, Wagner, Binho Moreno e Dedé; Diegão, Ricardo Carlessi (Dael) e Roger; Juninho, Nenê e Mano (Zezé). (Foto: Matheus Pereira)
Arbitragem composta esse domingo por Tadeu César Henrique Rodrigues, Jhonatan Carvalho Garcia e Antônio Bastos Scotti; na foto, também os capitães Wagner e Cleiton. (Foto: Matheus Pereira)
Me dirigi até o estádio que mais vezes apareceu aqui nas páginas do blog no calor abismal da região Carbonífera, em pleno junho. Nem o sol radiante - que logo sumiu - espantou a torcida do Metropolitano, que chegou um tantinho em cima da hora, mas chegou, e fez bastante festa nas arquibancadas durante a partida. Com direito a vários bandeirões, e um deles, o maior ("Somos Metrô") esticado NUM CAMINHÃO, a torcida da equipe alvirrubra sabia que tinha uma enorme vantagem adquirida na ida e estava perto do título.

Mesmo assim, o Turvo não iria desistir tão facilmente. Para o jogo de volta, o treinador Marquinhos Monteiro fez várias alterações na equipe para buscar o segundo caneco da Copa Sul dos Campeões (o primeiro foi conquistado em 2009). O Metrô, mesmo sendo muito forte no Regional da LARM, nunca antes levantara o troféu da maior competição da região. Em meio aos vários repórteres fotográficos e de rádio, consegui um espaço para prestigiar o confronto à beira das quatro linhas e tudo se iniciou.

Foguinho lutando pela bola com o grandão Ricardo Carlessi (Foto: Matheus Pereira)
Será que foi falta de Diegão sobre Luan nesse lance? (Foto: Matheus Pereira)
Quem começou bastante atento foi a equipe turvense. Para a surpresa geral ou não, os jogadores visitantes demonstravam bastante raça e muita luta para reverter o resultado adverso. No comecinho, Mano aproveitou vacilo do zagueirão Willian Barcelos e cruzou buscando seu companheiro de ataque Juninho, mas Cleiton consertou pelo Metrô. Era dado início à temporada de pressão do Turvo; em cobrança de falta, Roger, o craque do time que não atuou na ida, quase balançou.

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A resposta do Metrô veio por meio de um contra-ataque. Numa jogada veloz que resultou no gol de Jean Filipe, que recebeu, driblou o goleiro e marcou. No entanto, o tento foi anulado pela arbitragem, para a CHIADEIRA dos torcedores presentes. Todavia, quem mandava e desmandava no jogo era mesmo o time visitante. O maestro Roger mais uma vez deu o tom da orquestra amarela e marrom; pouco depois ele invadiu a área pelas costas de Ricardinho e bateu bem, mas Passarela pegou.

Foguinho e Diegão em perseguição à bola na meiuca (Foto: Matheus Pereira)
Atletas comemoram o gol de abertura do placar (Foto: Matheus Pereira)
Roger prepara passe, marcado de perto por Filipe (Foto: Matheus Pereira)
Entretanto, uma hora, de tanto tentar, a bola teria de furar a barreira vermelha. E esse momento chegou após uma jogadaça do lateral-direito Rodrigo, que carregou até a linha de fundo e cruzou na medida para Juninho, que conseguiu dominar e bater bem, na gaveta, abrindo a contagem em favor do Turvo. A preocupação começou a tomar conta das arquibancadas, que antes viviam um verdadeiro clima de festa.

Porém, embalado por uns mais fanáticos, os torcedores passaram a entoar cânticos de apoio ao Metropolitano, fazendo muito mais barulho que diversos times profissionais. Talvez no ritmo dos presentes, o time alvirrubro chegou bem e desperdiçou grande chance de empatar já nas proximidades do fim da primeira etapa. Genison atravessou o campo correndo, num fôlego invejável, e cruzou na área; Jean furou e Foguinho, cara a cara, isolou.

Will levita após finalização (Foto: Matheus Pereira)
O perigoso Roger vai para cima de Willian Barcelos (Foto: Matheus Pereira)
O time da casa ainda foi perigoso em mais um lance; dessa vez, o goleirão Evandro precisou fazer intervenção após finalização de longe desferida por Jean Filipe. O apito final de Tadeu César Rodrigues aconteceu nesse cenário; o Turvo vencia por um a zero e precisava marcar mais duas vezes para levar a decisão pelo menos aos pênaltis. O Metrô, apesar de estar perdendo, ainda estava tranquilo no agregado.

Com a faixa de fundo, Filipe e Igor na jogada "são Metrô" (Foto: Matheus Pereira)
Atletas preparados para cobrança de falta (Foto: Matheus Pereira)
Filipe na marcação de Dedé (Foto: Matheus Pereira)
O segundo tempo chegou, e quem continuou melhor foi a equipe amarela e marrom. Logo aos cinco, Roger novamente arrancou suspiros em cobrança de falta; dessa vez, ela foi às redes laterais do arqueiro Passarela. Logo na sequência, o volantão Ricardo Carlessi limpou da marcação e arriscou de fora da área, mas a bola se perdeu pela linha de fundo. Estavam deixando o Turvo sonhar em reverter o resultado.

As respostas do Metropolitano, no entanto, também levavam algum perigo. Após escanteio pela esquerda, o zagueiro-capitão Cleiton cabeceou com força e Binho Moreno salvou os visitantes sobre a linha. O jogo ficou cada vez mais pegado, os jogadores não tiravam o pé, e isso custou ao Turvo; o capitão Wagner, que já tinha cartão amarelo, viu o segundo e foi para a rua após entrada duríssima sobre Luan. Com um a mais em campo, o Metrô passou então a se impôr.

Árbitro mostra cartão para Genison; foram muitos na etapa final (Foto: Matheus Pereira)
Atletas brigam pela bola (Foto: Matheus Pereira)
Muita reclamação com o árbitro da Liga Imbitubense (Foto: Matheus Pereira)
A partir daí, o treinador Walter Ghislandi, do time local, ficou com a ORELHA QUENTE. Isso porque a torcida não parava de pegar em seu pé pedindo mudanças nos onze que atuavam. Ele atendeu aos pedidos, pondo em campo o meia Bruno Frigo e o atacante Borrachinha, nomes mais recorrentes. O centroavante, num de seus primeiros lances, foi perigoso; bateu cruzado, a bola desviou na defesa e sobrou para o lateral Genison, perto da pequena área, concluir. No entanto, o GIGANTE Evandro defendeu mesmo sentado.

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Do outro lado, as chances foram ficando cada vez mais remotas. O volante Diegão arriscou de longe e tirou tinta da trave de Passarela, num lance isolado. Porém, o jogo, que já tinha ares de decisão, descambou para as famosas CENAS LAMENTÁVEIS. Isso porque, quando já eram 42 minutos, Borrachinha, em posição de completo impedimento, foi lançado. O auxiliar ignorou, e o atacante foi fortemente derrubado pelo goleiro Evandro na área, num pênalti incontestável.

Cenas da confusão (Foto: Matheus Pereira)
Exaltadíssimo, o goleiro Evandro bradou impropérios para o bandeirinha (Foto: Matheus Pereira)
Lógico que a equipe turvense não ia deixar barato. Logo foram todos para cima do auxiliar Jhonatan Carvalho Garcia, e o policiamento precisou separar as duas partes. O exaltadíssimo Diegão tentou agredir o árbitro e foi expulso, deixando o Turvo com dois a menos. Enquanto tudo isso acontecia, a torcida do Metrô era só festa, pois ainda havia uma penalidade a ser cobrada. Porém, Bruno Frigo bateu fraco, nas mãos do goleiro Evandro, e os torcedores logo sofreram a consequência do balde de água fria.

O treinador Marquinhos Monteiro esteve exaltadíssimo, e trocou ofensas com os torcedores do time local que estavam logo acima de seu banco de reservas. Mas o jogo continuou rolando, e o time da casa ainda tratou de perder duas boas chances. Primeiro Genison, que invadiu a área e bateu muito alto. Quando já eram 49, o Metrô ainda pegou o Turvo com as calças na mão num excelente contra-ataque, porém o chute de Will parou na linha, onde Dedé salvou. Quando eram 50, enfim acabou: Metropolitano 0x1 Turvo, e o time alvirrubro se sagrava campeão.

Genison atira sua camisa para a torcedora (Foto: Matheus Pereira)
Atletas do Turvo recebem medalha de vice-campeão (Foto: Matheus Pereira)
Foguinho premiado pela artilharia do torneio (Foto: Matheus Pereira)
O Metropolitano conquistou sua primeira Copa Sul. Havia batido na trave em três ocasiões (2008, 2010 e 2014), e agora levantou o troféu da principal competição não-profissional do sul do estado. O Turvo, recém-ascendido à primeirona da LARM, ficou com seu primeiro vice-campeonato, não conseguindo repetir o feito de 2009, quando copou sobre o Caravaggio.

Na cerimônia de premiação, os atletas visitantes receberam suas medalhas e o troféu de prata, além do atacante do Metrô, Foguinho, ter recebido a chuteira de ouro pelos sete gols marcados na competição. O momento mais esperado veio depois; coube a Cleiton a missão de levantar a taça de campeão do Metropolitano, e então a LOUCURA tomou conta; muita festa dos atletas, que representarão o sul no Estadual de Amadores, no fim do ano.

Capitão Cleiton recebe a taça das mãos do presidente da LIF (Foto: Matheus Pereira)
Atletas na foto oficial pós-título (Foto: Matheus Pereira)
Grêmio Esportivo Metropolitano, campeão da 15ª Copa Sul dos Campeões (Foto: Reprodução)
O Desprovidos parabeniza as equipes finalistas do torneio, em especial o campeão Metropolitano. Agora, enquanto as equipes dão uma descansada para voltar à ativa em agosto pelo Regional da LARM, o blog não para; voltamos para Floripa, pois as competições na Ilha de Santa Catarina estão a todo vapor, e a Segunda Divisão Catarinense está prestes a começar. Simbora!

Abraço.

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