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domingo, 6 de setembro de 2015

Campinas segura pressão infindável do Triunfo, marca no fim e retorna à final do Municipal

Salve.

Mais um fim-de-semana se avizinhava, e, depois de uma viagem pelo profissional na semana passada, era a hora de voltarmos o foco ao futebol amador. Por isso, fomos até o Campeche, onde, no Estádio Bartolomeu Manoel Daniel, os locais do Campinas receberiam o Triunfo. A partida era válida pela volta das semifinais do Campeonato Municipal de Florianópolis - a ida, disputada na semana passada, havia terminado 1 a 0 para os hoje mandantes.

SER Campinas, que levou a campo: Victor; Hariel, Barra, Jean e Maranhão; Jorginho, Gregory, Nathan Rosa e João Eduardo (André); Marrom (Salgueiro (Ruan)) e Max (Danyel). (Foto: Matheus Pereira)
ASCD Triunfo, escalado com: Willian Souza; Renato (Jean), Jeferson, Bruno e Laion; Gi (Victor Dias), Edson Galvão (Victor França), Willian Araújo e Caio; Kelvin e Osvaldo. (Foto: Matheus Pereira)
Trio de arbitragem, com Luiz Alberto Jeremias, Fabiano Coelho da Silva e Paulo Sérgio Valdir Martins; ainda, os capitães Barra e Gi (Foto: Matheus Pereira)
Tomei carona com O Cancheiro, Lucas, que tomava seu rumo ao Ribeirão da Ilha para prestigiar Bandeirante e Grêmio Cachoeira, a outra semifinal. Ele me deixaria no Campeche e seguiria ao sul, na maior tranquilidade... é. Acontece que, ao passar a entrada principal do bairro onde rolaria a pugna onde o Desprovidos se faria presente, a gente passou a ÚNICA entrada, visto que na Ilha, ao errar uma entrada, você vai parar dois bairros depois. Acabamos fazendo uma tour pelo Morro das Pedras e pelo Campeche, mas não houve problema: a bola rolou somente 15h50, atraso de vinte minutos (!).

Diferentemente da partida de ida, agora o Triunfo teria a equipe completa à disposição do seu treinador Rodrigo Pereira. Do outro lado, o Campinas contaria com um reforço que voltou recentemente: sua torcida organizada, Boca Maldita. Cheia de pirotecnias e cantos, além das saudosas bandeiras, deu um novo RESPIRO para o futebol de verdade na tarde desse sábado. Só com bastante fogo realmente para combater a friaca agostina em solo florianopolitano.

Gregory e Caio em perseguição à bola (Foto: Matheus Pereira)
Outro lance com atletas atentos à pelota (Foto: Matheus Pereira)
Dado o apito inicial, quem começou se sobressaindo foi o Triunfo. Os visitantes aproveitaram a má organização em campo do adversário e passaram a ocupar melhor o campo de ataque e a meiuca da cancha. Só lá pelos dez minutos que o Campinas realmente entrou em campo, e equiparou as ações com certa rapidez. Mesmo assim, o Triunfo tem um time bastante técnico e perigoso, contra quem não se pode falhar. Quando o zagueiro local o fez, furando bisonhamente na área, a bola sobrou para Kelvin, que finalizou bem, mas Victor defendeu.

Aliás, o arqueiro do Campinas estava só começando seu show de sábado sob as metas do Bartolomeu M. Daniel. No entanto, os visitantes, melhores em campo, chegaram a balançar as suas redes aos 19 minutos, mas o árbitro anulou após o volante Gi ter feito falta de ataque. Aí, ocorreu-se uma sucessão de SUSPIROS. Cobrado o impedimento, a jogada se desenrolou e Marrom ficou frente a frente com Willian, bateu e o goleiro defendeu - no rebote, Max escorregou e desperdiçou.

Goleiro Victor, com sua peculiar touca, foi o destaque da partida (Foto: Matheus Pereira)
Equipes reclamaram bastante com a arbitragem (Foto: Matheus Pereira)
Quem ficou com o rebote, por vez, foi a equipe do Triunfo. Na base do contra-ataque, Kelvin fez fila e armou para Laion, que, dono de uma potente canhota, encheu o pé no ângulo e fez Victor voar para fazer uma defesa monumental, de mão trocada. Pena para ele que, no rebote, Caio completou para as redes e abriu a contagem em favor do time do Sambaqui; agora, precisavam de "apenas" mais um gol para selar a classificação à decisão.

O goleiro do time mandante voltou a ser atração logo depois, quando fez uma DEFESAÇA (assim, em maiúsculo mesmo) quando a bola sobrou para o talentoso Kelvin - da pequena área, o atacante finalizou e Victor defendeu à queima-roupa. Quem começou a se estressar foi, então, o mediador da partida, Luiz Alberto Jeremias. Com toda e qualquer decisão sua contestada pelas equipes, passou a ter de lidar com muitas reclamações e lances ríspidos ainda no primeiro tempo.

Hariel expulso - tal marco foi o causador de discórdia da primeira etapa (Foto: Matheus Pereira)
Luiz Adriano Hermenegildo, treinador do Campinas, furioso com a arbitragem (Foto: Matheus Pereira)
Chegávamos perto dos quarenta minutos quando o lateral direito Hariel, do Campinas, perdeu uma bola na lateral e respondeu com uma entrada dura sobre o adversário. Ele já tinha amarelo, e, sem nem pestanejar, o árbitro o pôs para a rua. Reclamação generalizada por parte do escrete e da torcida local, e os momentos posteriores ao cartão vermelho foram donos de uma atmosfera tensa: os atletas entravam duro e discutiam muito.

O restante do primeiro tempo só serviu para uma discussão engraçadíssima entre Osvaldo, camisa nove do Triunfo e morador do Campeche, com a torcida local. Luiz Alberto Jeremias finalizou o primeiro tempo do confronto com a vantagem de um gol a zero em favor dos visitantes - por ser o mesmo resultado da partida de ida, porém, classificava o clube com melhor campanha, que nesse caso era o Campinas.

João Eduardo se livra da marcação de Gi (Foto: Matheus Pereira)
Se liga na atmosfera! Pirotecnia não é crime! (Foto: Matheus Pereira)
Chegou a etapa final. Precisando do gol decisivo, foi o Triunfo quem mandou na partida. Nos primórdios, Kelvin recebeu e bateu forte, mas Victor pegou bem, em dois tempos. Mas, mesmo estando melhor postado em campo e mantendo a posse de bola, o time verde e branco enfrentou um Campinas fechadinho na defesa, compacto nas jogadas e organizado em campo, dificultando as possibilidades de finalizações.

Os treinadores investiram nas substituições, e o equilíbrio tomou conta da cancha. Nervoso, o time visitante errou mais em comparação à primeira etapa, e desperdiçava algumas boas oportunidades de armar jogadas por errar o FAMOSO passe no ponto futuro. E quando chegou, perdeu: após jogadaça, a bola sobrou limpíssima para o centroavante Osvaldo, que, frente a frente com o goleiro, se embabacou todo e não conseguiu armar o chute.

Willian Araújo carrega a pelota (Foto: Matheus Pereira)
Dividida entre André e Bruno (Foto: Matheus Pereira)
Jogo parado em atendimento a Salgueiro - atacante saiu lesionado (Foto: Matheus Pereira)
O Triunfo balançou as redes novamente lá pelas metades da segunda etapa. Caio foi quem fez, mas, em clara posição de impedimento, nem reclamou da infração, assinalada pelo auxiliar Fabiano Coelho da Silva. A partir daí, a equipe visitante já era só pressão dentro de campo - chegando a ficar, até mesmo, com os dez atletas no campo de ataque em alguns lances. Do outro lado, o Campinas desperdiçava excelentes chances de armar um bom contra-ataque.

O time da casa ainda perdeu o atacante Salgueiro, lesionado, dez minutos após o mesmo entrar em campo. Com muito mais vontade que acertos técnicos, o Triunfo ainda quis pôr o coração na ponta da chuteira para passar à frente no marcador. Todavia, num contra-ataque puxado por Max, SOLITO, o mesmo sofreu falta na linha lateral. Já eram 44 minutos jogados da etapa final. Foram poucos jogadores do Campinas para a área, mas o improvável aconteceu.

Bola cruzada e o volante Jorginho cabeceia com consciência e estilo, no cantinho, para igualar a contagem e colocar o Campinas na decisão do Municipal pelo segundo ano seguido. Depois, ainda restou tempo para o camisa dez do time do Sambaqui, Caio, isolar uma bola. Comemoração EFUSIVA em campo e fora dele: Campinas 1x1 Triunfo deixou o time do Campeche na decisão e garantido na próxima Copa Interligas.

Atletas vão à loucura com o gol de empate (Foto: Matheus Pereira)
Y DALE FIESTA (Foto: Matheus Pereira)
A decisão do Municipal, então, reunirá pelo segundo ano seguido as mesmas equipes: Campinas e Grêmio Cachoeira. O time do Norte da Ilha busca o tricampeonato em sequência (e o quarto no total), enquanto os auriverdes do Campeche, que nunca haviam chegado na final até 2014, buscam o primeiro título da elite do campeonato de Floripa. Infelizmente, não nos faremos presentes na partida de ida, mas o Desprovidos com certeza trará um jogo a ser coberto no próximo fim-de-semana. Na grande decisão, daí sim, estaremos lá.

Te espero.

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