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domingo, 20 de setembro de 2015

Mesmo com atuação absurda do goleirão Mayckon, Biguá perde em casa para Pescador

Buenas.

Mais um fim-de-semana chegou, mas este seria especial: seria a finalíssima do Campeonato Municipal de Florianópolis. No entanto, a peleja decisiva foi adiada, pois não seria possível ter policiamento suficiente para fazer, simultaneamente, o confronto entre Avaí e São Paulo e a final. Sem problemas, pois, na região metropolitana a bola segue rolando; nos encaminhamos para o bairro da Praia João Rosa, em Biguaçu, onde o time local do Biguá receberia o Pescador, de Governador Celso Ramos, no Estádio Osni Venceslau Machado. A partida era válida pela 13ª rodada do Campeonato Regional da LICOB (Liga da Comarca de Biguaçu).

ACRE Biguá FC, escalado com: Mayckon; Merllin (Boquinha), Jajá, André Flores (Alemão) e Cláudio Paraná (Juninho); Tiaguinho, Wendel (Robinho Laguna) e Bruno Andrade (Nata); Biá, Dael e Dé. (Foto: Matheus Pereira)
Pescador CFC, que foi a campo com: Felipe Lopes; Lipe (Guga), Irô, Helder e Danilo (Vaninho); Camarão, Vitor, Thiago, Jaquinho (Gustavo Klausen) e Delson (Jocemar); Fabrício (Fernando). (Foto: Matheus Pereira)
Os comandantes do espetáculo eram Oscar Calheiros, Welinton Pereira e Amauri Souza; presentes na foto, ainda, os capitães Delson e Dé. (Foto: Matheus Pereira)
O Biguá já havia aparecido aqui, ainda lá em abril, em peleja ante o Estrela Azul, válida pela Copa Interligas (relato aqui). No entanto, o time que entrou em campo neste domingo é, simples e literalmente, 100% diferente daquele escrete que atuou há cinco meses atrás. A equipe da casa e o Pescador, que debutava nas páginas do Desprovidos, travavam um duelo particular pelo quarto lugar da competição, que também é o limiar entre os que se classificam às semifinais.

Lá pelas bandas da Praia João Rosa, encontrei o parceiríssimo Pauli, que cobre magnificamente os torneios biguaçuenses em seu blog, e ainda não havia coincidido de estar numa cancha que eu estava. Ele me explicou um bocado sobre o futebol da cidade, e me fez reconhecer dois velhos conhecidos na cancha: Dael e Biá atuavam no futebol amador sul-catarinense, respectivamente em Turvo e Mãe Luzia, já estiveram presentes aqui diversas vezes, e agora vestem a camisa tricolor do Biguá.

Atleta do Pescador se livrando da marcação (Foto: Matheus Pereira)
Fabrício comemora seu gol com o companheiro de equipe (Foto: Matheus Pereira)
Dael, do Biguá, e Camarão, do Pescador, na luta pela pelota (Foto: Matheus Pereira)
E a premissa da partida, era - ou ao menos parecia - de extremo equilíbrio. Foi isso que se viu nos instantes extremamente iniciais da partida, onde as equipes dividiam as ações em campo. Quem finalizou primeiro foram os visitantes, com o volante Camarão, que chutou para o alto de fora da área. Mas a suposta divisão de forças durou somente até meros seis minutos, que foi o tempo de ser aberto o placar do confronto.

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Após cruzamento, a bola ficou QUENTE na área, e no bate-rebate, o centroavante Fabrício, do Pescador, cabeceou para dentro do barbante, abrindo os trabalhos: 1 a 0. Logo depois, ainda foi (bem) anulado um gol do meia Delson, em favor dos visitantes. Vale ressaltar que o gramado do Osni Machado estava um verdadeiro LAMAÇAL, e a essas alturas do jogo, as máquinas de lavar roupas já sabiam que teriam trabalho com os uniformes das equipes.

Thiago e Tiaguinho, os quase-homônimos, travam batalha pela bola (Foto: Matheus Pereira)
Cláudio Paraná, campeão da Série C pelo Avaí em 1998, hoje ocupa a lateral esquerda do Biguá (Foto: Matheus Pereira)
Depois, começou a aparecer para o jogo o arqueiro biguaçuense, Mayckon. Primeiro, numa defesa de nível mediano, após Delson finalizar consistentemente. Mas as chegadas de ambas as equipes, por vezes, ficavam em segundo plano - as divididas, constantes, tornavam o jogo pegado. E foi por isso que Biá e o zagueiro Irô, do time de Governador Celso Ramos, trocaram farpas cabeludas depois de uma entrada mais dura do meia local. Ambos foram amarelados e repreendidos pelo árbitro Oscar Calheiros.

O tricolor local chegava ao ataque uma vez na vida e outra na morte; numa dessas raras investidas, o lateral Merllin soltou uma porrada do meio da rua e tirou tinta do travessão. No entanto, a superioridade estava do outro lado da linha que divide o gramado. O meia Thiago, ao tentar surpreender o goleiro local, que estava fora do gol, quase marcava um belo tento, mas escorregou na hora de finalizar e pôs a pelota pela linha de fundo.

A luta, por vezes, era no chão (Foto: Matheus Pereira)
Agora ocupando as canchas da região da capital, Biá segue reclamão (Foto: Matheus Pereira)
Ainda antes do término da primeira etapa, o Biguá voltou a chegar perto, com o meia Bruno Andrade; ele aproveitou sobra de bola e encheu o pé, mas o goleiro Felipe Lopes fez grande defesa, no andar de baixo, para salvar o Pescador. O intervalo chegou ainda depois do árbitro Oscar Calheiros e seu auxiliar Amauri Souza protagonizarem cena estranha, onde o bandeirinha deu impedimento, o árbitro confirmou e depois voltou atrás, dando bola ao chão em favor da equipe que atacava. Óbvio que sobraram reclamações.

Jaquinho leva a equipe visitante à frente (Foto: Matheus Pereira)
Bastante insatisfeito com sua equipe, o treinador local Dagmar Marques não poupou cartas na manga e voltou para a etapa final com nada menos que TRÊS substituições. Pena para ele que, desde o princípio, não surtiu efeito: se na etapa inicial o equilíbrio ainda contrastou, no segundo tempo deu SÓ Pescador, que era movido pela velocidade dos garotos, que são a base da equipe. Aí surgiu a estrela do arqueiro Mayckon, que nos primeiros minutos já fez boa defesa em chute cruzado de Fabrício.

Pouco depois, foi a vez de fazer uma sequência de defesas SENSACIONAIS. Primeiro, em chegada de Jaquinho, que bateu forte frente a frente; o goleiro deu rebote e ela sobrou para Fabrício, que finalizou no ângulo, mas Mayckon voou e espalmou para o lado, arrancando interjeições de espanto para nós, que estávamos na linha lateral. Depois, em cobrança de falta, foi Danilo quem passou perto de aumentar a contagem para o Pescador.

Equipe de Governador Celso Ramos foi bastante superior (Foto: Matheus Pereira) 
Camarão, com seu uniforme "limpinho", carrega a bola (Foto: Matheus Pereira)
O segundo tempo, porém, foi infinitas vezes melhor que o primeiro em termos de qualidade. Naquela que foi a única chegada significante do Biguá nos quarenta e cinco finais, Dael recebeu de Thiaguinho na pequena área, bateu cruzado e desperdiçou. A resposta dos visitantes, na sequência, foi um pouco mais convincente: Delson soltou um lindo foguete de fora da área que carimbou o travessão e, no rebote, Jaquinho mandou para fora. A pressão vindo do lado alvirrubro era grande!

Entretanto, não achem que o goleiro Mayckon ganharia uma citação no título caso sua atuação não tivesse sido realmente espetacular. Segurou magistralmente as investidas adversárias - pegou uma paulada à queima-roupa de Fabrício e desviou para escanteio dois belos lances, protagonizados por Vaninho e Lipe. Ainda defendeu uma pedrada mais uma vez proferida por Vaninho. Tudo isso, nos cinco minutos que sucederam a troca de oportunidades do parágrafo acima. Seriam, ao longo da partida inteira, no mínimo, cinco dd's (defesas difíceis) no Cartola FC.

Thiago e Juninho (costas, 13) se estranharam e viram la tarjeta amarilla (Foto: Matheus Pereira)
Dé e Vaninho na briga (Foto: Matheus Pereira)
O tempo final ainda resguardava, além da melhora nas atuações, uma dose a mais de impropérios trocados pelos times. Biá, que já estava amarelado, pegou Camarão sem bola e proporcionou doses CAVALARES de reclamação por parte do time adversário. Pouco mais tarde, Thiago e Juninho também trocaram carinhos e foram advertidos (foto acima). Movidos pela vitalidade do belo meio-campista Vitor, os atletas visitantes guardavam muito mais energia que os locais. Jaquinho ainda meteu uma bola na trave, diretamente de escanteio.

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Nos encaminhamos para o sexto parágrafo de um tempo só, mas ainda há coisas para se contar, nesse louco segundo tempo! O auxiliar Amauri Souza ainda foi acertado com algum objeto aleatório pelos que ficam no alambrado e o jogo ficou parado por uns minutinhos - o capitão Dé, no alto de sua experiência, conseguiu acalmar os torcedores locais. No finzinho da peleja, Mayckon ainda apareceu mais DUAS vezes contra Fernando: fechou o ângulo em finalização do atacante, completamente livre, e depois pegou investida um vs um do camisa 16 visitante.

Biá toma a frente no castigado gramado (Foto: Matheus Pereira)
Guga (18) cabeceia e obriga (nova) boa defesa do goleirão do Biguá (Foto: Matheus Pereira)
Depois daquela que foi uma das melhores, ou A melhor, atuação de um goleiro aqui no Desprovidos, o árbitro deu a peleja como finalizada ao fim de quarenta e nove: no duelo dos que buscam o peixe, deu Biguá 0x1 Pescador. A equipe visitante sobe significativamente na tabela e agora ocupa a segunda posição do Regional da LICOB, que, por sinal, foi o 12º torneio a aparecer por acá. Esperamos que, até findado o ano, sejam quinze os campeonatos prestigiados pelo blog.

Ganhei nova carona com o Michael, do Hora, dessa vez até São José, e de lá peguei o bus rumando à minha casa. Voltaremos na semana que vem, espero que com cada vez mais partidas sendo prestigiadas pelo Desprovidos. Oramos para que o cosmos contribua e semana que vem ocorra realmente a finalíssima da capital, partida bastante esperada por mim. De qualquer forma, hasta luego!

Abraços.

Um comentário:

  1. Parabéns perfeita o cobertura --- precisando de mais informações do Biguá é só ligar 48 9993 2281 --- e quando for fazer cobertura no Biguá nos procure. Carlos Wanderley diretor de comunicação do Biguá.

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